As origens da criação da primeira caixa económica portuguesa remontam a 1840, quando os fundadores do Montepio Geral idealizaram a criação de um mealheiro público.
Em 04 de janeiro de 1844, por Carta Régia e com 4.000 contos de réis de capital, os estatutos da caixa económica a estabelecer anexa ao Montepio, são aprovados. Em 24 de março desse ano foi inaugurada a Caixa Económica de Lisboa, assim designada até 1991.
Instalada de início na Rua da Oliveira ao Carmo, transferiu-se depois, para a Rua do Ouro.
A instituição captava as pequenas poupanças e remunerava-as com juros superiores aos concedidos pelos outros bancos comerciais e concedia empréstimos sobre penhores; através dos lucros obtidos, auxiliava o Montepio, na sua missão social.
A crise de 1846-1847 provocou a estagnação da instituição. A sua estrutura organizacional confundia-se com a do Montepio Geral, ao qual estava anexa, e era simples, com poucos funcionários e um só balcão.
Em 1882, a reforma estatutária reorganiza os serviços mantendo, todavia, a integração orgânica formal com o Montepio Geral.
Na década de 90 do séc XIX, realizou um empréstimo ao Estado, e a credibilidade e solidez da Caixa Económica de Lisboa saiu reforçada.
Em 1931 abre uma filial no Porto e, em 1934, nova reforma estatutária surgirá para dotar a instituição de nova organização. Separava-se a contabilidade da Caixa Económica da Associação Mutualista a que estava anexa.
Até à década de 70 a economia portuguesa acelerou de forma sustentada. Para fazer face a este clima favorável, a Caixa Económica de Lisboa diversifica as operações: desenvolvimento dos depósitos a prazo e o aumento significativo dos empréstimos hipotecários. Neste período, a rede de balcões foi expandida pelo País. Em 1970, incorporou a Caixa Económica Madeirense.Os seus estatutos também foram acompanhando o desenvolvimento da instituição, tendo sofrido reformas em 1955, 1965 e 1970.
Depois de abril de 1974 a Caixa Económica de Lisboa sofreu os efeitos da crise, que se fizeram sentir um pouco por todo o país. Embora não tivesse sido nacionalizada, à semelhança de grande parte do sistema bancário nacional, o Montepio Geral teve de ser intervencionado durante dois anos, visando um maior controlo da sua caixa económica. Face ao aumento dos depósitos, passou a fazer parte das câmaras de compensação de Lisboa e do Porto, tendo aberto mais quatro balcões.
Em 1984, os estatutos são de novo, reformulados.
A Caixa Económica do Montepio Geral está em atividade, sendo um precioso instrumento para os desígnios do Montepio Geral.