O Banco Lisboa & Açores e o Banco Totta-Aliança negociaram o processo de fusão das duas instituições. A Portaria de 14 de novembro de 1969 autorizou a fusão dos dois bancos, ficando a nova instituição com a denominação de Banco Totta & Açores, entidade que iniciou funções a 01 de janeiro de 1970.
O capital social inicial era de 500.000 contos, dividido em 500.000 ações de 1.000$00 cada.
O banco manteve a tendência das instituições suas antecessoras, e acompanhou o desenvolvimento da economia portuguesa. Era detido por um grupo empresarial diversificado que alicerçava o seu capital no setor industrial, ao qual o banco prestava um precioso auxílio financeiro.
A sua rede de agências encontrava-se espalhada pelo país e estrangeiro, bem como pelos territórios do Ultramar. Aqui, participou no capital de dois bancos ultramarinos: o Banco Totta Standard de Angola e o Banco Standard Totta de Moçambique, criados em 1966. Em 1970, participa na constituição do Banco do Oriente, com sede em Macau.
A instituição fazia então parte do maior grupo empresarial português, o Grupo CUF, liderado pela família Mello, que detinha uma atividade diversificada no ramo industrial, no setor dos transportes, banca e seguros.
O banco detinha também participações sociais em importantes empresas do grupo, nomeadamente, na Tabaqueira, na Companhia União Fabril e na União Fabril de Azoto, entre outras.
Depois de abril de 1974, a conjuntura interna política e económica alterou-se profundamente.
O Decreto-Lei nº 132-A/75 de 14 de março nacionalizou a banca nacional. Assim, o Banco Totta & Açores transforma-se numa empresa pública, por via do Decreto-Lei nº 729-F/75, de 22 de dezembro.
Em 1988, acompanhando o clima de privatização de empresas públicas e a reprivatização do setor bancário nacional, por Decreto-Lei nº 352/88, de 01 de outubro, o Banco Totta & Açores, é transformado em sociedade anónima, de capitais maioritariamente públicos.
A primeira metade da década de 90 ficou marcada pela constituição do grupo financeiro Totta. Em 1992, adquiriu capital do Crédito Predial Português.
Em 1995, o Banco Totta foi integrado no Grupo Mundial Confiança, por via de aquisição de 50% do capital por António Champalimaud, através do Banco Pinto & Sotto Mayor e da Companhia de Seguros Mundial Confiança.
Em 1999, foi conhecida a intenção de Champalimaud vender 40% do capital das holdings que controlavam o grupo Mundial Confiança ao Banco Santander Central Hispano, em troca de uma posição de 1,6% no capital do banco espanhol.
Em 1999, foi realizado um acordo entre António Champalimaud, o Banco Santander Central Hispano e a Caixa Geral de Depósitos. Desse acordo, a Caixa Geral de Depósitos chamava a si o controlo do grupo Mundial Confiança, e consequentemente o Banco Pinto & Sotto Mayor, enquanto o Credito Predial Português e o Banco Totta & Açores ficavam sob o controlo espanhol.
Em 2004, o Banco Santander Central Hispano reorganizou o grupo de detinha em Portugal. Assim, procedeu à fusão por incorporação do Banco Totta & Açores e Banco Santander Portugal no Crédito Predial Português, tendo os dois primeiros sido extintos e o último passado a denominar-se Banco Santander Totta.