Banco Micaelense
Nível de descrição
Subsubfundo
Código de referência
PT/BP/BP-SB-BMIC
Código de referência Nyron
BP/DSP/BMIC
Título
Banco Micaelense
Datas de produção
1922-07-31
a
1977-03-03
Dimensão e suporte
1 Caixa ; Papel
História administrativa/biográfica/familiar
Em 22 de março de 1912 foi constituído o Banco Micaelense, primeira instituição bancária com capitais açorianos. O capital social do banco ascendia a 230 contos de réis insulanos, e estava dividido em ações de 100$000 réis insulanos. Entre os maiores acionistas encontravam-se António José de Vasconcelos, António Elias do Amaral e António José Canavarro Vasconcelos. Com a sede social estabelecida em Ponta Delgada, a abertura ao público do banco ocorreu a 15 de abril de 1912. O desenvolvimento inicial da instituição culminou em 1921, com a necessidade de aumentar o capital, ascendendo-o a 3.000 contos. No final dos anos 20, alguns investimentos menos cuidados, a par da crise internacional, enfraqueceram a confiança no Banco Micaelense e, a 02 de janeiro de 1935, o banco vê-se obrigado a suspender pagamentos após a corrida dos depositantes à instituição para levantamento dos seus depósitos. Por Portaria de 07 de janeiro de 1935, foi nomeado Comissário do Governo Ernesto Coelho, que viria a ser substituído, em 27 de maio de 1936, por Fernando Moreira Paiva. A Portaria de 09 de maio de 1936 autoriza a reconstituição do banco, nos termos do acordo aceite junto dos credores, sob a mesma firma e designação comercial, mas com novos estatutos. O projeto de estatutos do banco reconstituído, foi aprovado por Portaria de 29 de setembro de 1936, tendo a escritura de reconstituição sido realizada em 19 de outubro desse mesmo ano. Em 02 de janeiro de 1937, o Banco Micaelense reabria as portas, com o capital social de 4.605.700 contos, dividido por ações de 50$00 cada.Por força do Decreto-Lei nº 42641, de 12 de novembro de 1959, em 1961, o capital social foi aumentado para 10.000 contos. Nesta data, a família Bensaúde tornou-se o acionista maioritário do banco, embora só tivesse assumido o controlo direto da instituição a partir de 1970. O final da década de 60 e princípios da década de 70 do século XX foram de expansão do Banco Micaelense nas ilhas, com a abertura de uma agência na Ilha de Santa Maria seguida por várias agências em S. Miguel e São Jorge. Com a revolução de abril de 1974, e a posterior nacionalização da banca, o Governo Regional dos Açores procurou transformar o Banco Micaelense no banco da Região dos Açores, abrindo agências em todas as ilhas, nas cidades de Lisboa e Porto e nos Estados Unidos da América, junto da comunidade emigrante açoriana. Ao serviço do desenvolvimento dos Açores, e por sugestão do Governo Regional, o Banco Micaelense foi transformado em Banco Comercial dos Açores, conforme decisão do Conselho de Ministros de 11 de dezembro de 1979 (Decreto-Lei nº 519-P2/79, de 29 de dezembro).
Sistema de organização
Cronológico
Existência e localização de cópias
Nenhuma