Arquivo Histórico
PT | EN

Piano & Companhia

Ações disponíveis

Ações disponíveis ao leitor

Consultar no telemóvel

Código QR do registo

Partilhar

 

Piano & Companhia

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subfundo   Subfundo

Código de referência

PT/BP/IGCS-PIAN

Código de referência Nyron

IGCS/PIAN

Título

Piano & Companhia

Datas de produção

1921-09-21  a  1956-03-31 

Dimensão e suporte

1 Caixa ; Papel

História administrativa/biográfica/familiar

É sob um clima de recuperação económica iniciado no pós-I Grande Guerra que nasce, em 01 de março de 1918, em Lisboa, por escritura lavrada nas notas de Noronha Calvão, a sociedade em nome coletivo A. Piano Júnior & Companhia. Segundo o pacto social, a firma tinha por objeto o comércio de tabacos, lotarias e o negócio de câmbios. Criada a sociedade com o capital social de 20.000$00, o mesmo encontrava-se distribuído igualitariamente pelos dois sócios fundadores: Artur António da Costa Piano e António José Piano Júnior. A 18 de junho de 1918 é alterado o pacto social, com o aumento de capital para 30.000$00 e a admissão de dois novos sócios: António José Piano e Alfredo Paulo de Carvalho. A sede da firma estava situada na Rua do Arsenal, em Lisboa. De acordo com a alteração verificada, o objeto social é alterado e o ramo do negócio de tabacos é preterido, ficando a sociedade centrada no comércio de papéis de crédito, câmbios e lotarias (operações de curto prazo). Não obstante, a firma poderia dedicar-se a qualquer outro ramo de negócio que fosse de comum acordo dos sócios.O período favorável que a firma conheceu nos primeiros anos de existência foi interrompido pela crise cambial de 1920-1921. Passados os momentos mais complicados, a casa cambista prosseguiu a sua atividade e consolidou-se na praça. Em 1925, ao abrigo do Decreto nº 10634, de 20 de março de 1925, requere autorização para continuar a exercer a atividade cambista assim como o registo da instituição no exercício da atividade bancária. O progresso da instituição foi tão notório que nesse ano a sede tinha sido já transferida para a Rua do Ouro, mantendo a primitiva localização como sucursal. Em 05 de setembro de 1925: João Pinto Leite (Visconde dos Olivais) e Joaquim António Borges entram para firma, tendo o capital sido elevado para 7.000.000$00.Os anos que se seguiram foram de grande turbulência para a instituição e, em 18 de fevereiro de 1929 a casa bancária suspendeu pagamentos. Por Portaria de 20 de fevereiro (Diário do Governo, II série, de 21 de fevereiro de 1929), foi nomeado Comissário do Governo, João de Matos Rodrigues.Em 01 de março de 1929 a gerência da firma submete à tutela um projeto de concordata, que mereceu a aprovação das instâncias oficiais; a concordata foi homologada em 02 de julho de 1929. Por Portaria de 10 de abril de 1930 (Diário do Governo, II série, de 12 de abril) o Comissário de Governo pede a sua demissão e é nomeado para o seu lugar, Carlos Eugénio Rafael Bueno y Martins que, devido ao seu falecimento, é substituído nas funções por Porfírio Augusto de Sousa Martins (Portaria de 12 de agosto de 1930). Na sequência da concordata estabelecida, a instituição liquida uma boa parte das dívidas através da entrega dos bens dos sócios, recorrendo também o auxílio monetário prestado pela firma José Henriques Totta, Limitada. Todas as prestações da concordata foram cumpridas à exceção da última prestação, em que o Comissário do Governo abdicou do seu pagamento em favor dos credores privilegiados (o Estado e o Banco de Portugal). A liquidação dos créditos foi morosa e lenta, tendo-se prorrogado até aos primeiros anos da década de 40. Em 1940, na sequência da promulgação do Decreto-Lei nº 30689, de 27 de agosto desse ano, sobre a liquidação de estabelecimentos bancários, a firma solicita à tutela a reintegração do capital social, destinando-se parte a um fundo de amortização, comprometendo-se a pagar as últimas dívidas. O pedido foi deferido em 06 de fevereiro de 1941, mantendo-se a ação fiscalizadora do Comissário do Governo até à total liquidação dos débitos existente. Em 16 de junho, 22 de junho e 16 de agosto de 1943, por escrituras outorgadas no notário Tavares de Carvalho, foi dada plena quitação à firma A. Piano Júnior & Companhia, respetivamente, pelo Banco de Portugal, pelo Estado, e pela casa bancária José Henriques Totta, Limitada. Por Portaria publicada no Diário do Governo, II série, de 29 de julho de 1944, o Comissário do Governo foi exonerado das suas funções.Depois de obtida a devida autorização governamental, por Portaria de 01 de julho de 1944, e findo o processo liquidatário, a atividade da firma reassumiu novos moldes. Segundo a autorização concedida, as quotas dos antigos sócios foram cedidas a favor de António José Piano Júnior, Álvaro António da Costa Piano e de um novo sócio, Mário de Oliveira Pereira. Substituído o pacto social, em 05 de julho de 1944, por escritura pública foi constituída uma nova sociedade, com o capital social de 7.000.000$00 e que tinha por objeto todo o comércio bancário, sem exceção alguma, adotando a designação jurídica de Piano, Pereira & Companhia. A sede da casa bancária estava estabelecida na Rua do Ouro. Conhecendo algum período de prosperidade, no início da década de 50 a situação da firma agravou-se. Em 1953, o sócio Mário Pereira, saiu da sociedade, cedendo a sua quota a Álvaro António da Costa Piano, assim como a dois novos sócios: Francisco António de Carvalho Piano e Venceslau César da Costa Lopes. Esta alteração estatutária foi autorizada por Despacho de 31 de agosto de 1953 e a escritura de alteração do pacto social realizada em 16 de setembro desse ano (Diário do Governo, III série, de 11 de setembro de 1953). Com esta alteração, a firma passa a adotar a razão social de Piano & Companhia.Com prejuízos acumulados os sócios viram na fusão com a casa bancária Pinto de Magalhães, do Porto, a solução para os seus problemas.Assim, por Despacho do Ministro das Finanças de 29 de dezembro de 1955, foi a sociedade Pinto de Magalhães, Limitada autorizada a abrir uma agência em Lisboa, por incorporação do ativo e passivo da casa bancária Piano & Companhia, caducando a autorização que esta última detinha para o exercício do comércio bancário.

Sistema de organização

Cronológico

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Unidades de descrição relacionadas

Para informações posteriores, ver BP/SB/BPM - Banco Pinto de Magalhães.