Pêgo, Soromenho & Companhia, Limitada
Nível de descrição
Subfundo
Código de referência
PT/BP/IGCS-PS
Código de referência Nyron
IGCS/PS
Título
Pêgo, Soromenho & Companhia, Limitada
Datas de produção
1925-03-25
a
1937-04-17
Dimensão e suporte
1 Caixa ; Papel
História administrativa/biográfica/familiar
Após a crise cambial que abalou os primeiros anos da década de 20 do séc XX, por escritura lavrada nas notas de Artur da Silva Lino, do Porto, em 22 de maio de 1922, foi constituída uma sociedade por quotas de responsabilidade limita, sob a razão social de Pêgo, Soromenho & Companhia, Limitada. Com a sede estabelecida no Porto, na Rua Sá da Bandeira, a firma tinha por objeto o comércio de comissões e consignações, câmbios e papéis de crédito, podendo dedicar-se a qualquer outro ramo de negócio que os sócios entendessem. Constituída com o capital social de 600.000$00, a estrutura da firma compunha-se da seguinte forma: António Ramos Pinto, Moreira, Gomes & Companhia, Arnaldo Alves Moreira Pêgo e Manuel da Silva Cruz, cada um com a participação de 137.500$00, e Alfredo de Castro Soromenho, com 50.000$00.Em 06 de maio de 1924 o pacto social foi alterado com a entrada para a firma do novo sócio, Elvino Pereira de Jesus. Segundo a alteração verificada, o capital social foi elevado a 1.800.000$00. Em 27 de dezembro de 1924 a estrutura societária é novamente alterada com a cessão da quota de Manuel da Silva Cruz a seu filho, Manuel da Silva Cruz Júnior, e a Abel Ferreira Barbosa, um novo sócio que passou a integrar a casa bancária portuense.Em 19 de março de 1925, ao abrigo do art.º 13º do Decreto nº 10474, publicado em Diário do Governo de 17 de janeiro de 1925, é requerido o registo da instituição no exercício da atividade bancária.Em 1929 possuía já uma agência em Leixões, criada em 1927, e uma vasta rede de correspondentes que se estendia um pouco por todo o território continental e insular. A conjuntura favorável que a economia portuguesa vinha beneficiando inverteu-se nos primeiros anos da década de 30, com as consequências da Grande Depressão de 1929. A instituição, embora não tivesse cessado pagamentos à semelhança de outras instituições congéneres da praça portuense, também se ressentiu fortemente com a crise. Em 11 de março de 1931, por escritura pública realizada no cartório de José Ponce de Leão, do Porto, o pacto social é alterado pela cessão de quotas feita por Elvino de Jesus e Alfredo Soromenho que cederam a sua parte, aos restantes sócios.Em 18 de novembro de 1933, nova alteração ao pacto social foi verificada, com a cessão total da quota de Alfredo Soromenho a António Ramos Pinto.Em 1934, não obstante a cessão natural e progressiva do negócio bancário, a instituição requere autorização para o exercício da atividade cambista. Por Despacho de 24 de setembro de 1934, foi a licença concedida sob a condição da atividade bancária ser completamente liquidada no prazo de um ano. Atendendo aos inconvenientes de tal resolução e às dificuldades na liquidação rápida do ramo bancário, a casa bancária desiste da pretensão, e em dezembro de 1934 requere a sua continuidade no exercício da atividade bancária. O Despacho de 26 de janeiro de 1935 autoriza tal pretensão com a condição da imediata elevação do capital social da firma para 2.500.000$00 e no prazo de um ano, aumentá-lo para 5.000.000$00. Como forma de dar continuidade ao negócio bancário e aumentar de forma imediata o capital social, em 16 de fevereiro de 1935 a casa bancária Pêgo, Soromenho & Companhia, Limitada requere autorização para iniciar o processo de fusão com a casa cambista Fernandes Magalhães, Limitada, também do Porto, de modo a constituir uma só entidade, com uma sede e uma filial onde exercessem as duas atividades: a de cambista e a bancária. Por despacho de 25 de fevereiro de 1935 foi autorizada a fusão das duas entidades, mantendo-se a condição da elevação do capital social para 5.000.000$00. Para o exercício da atividade cambista foi fixada a caução de 500.000$00. Em 09 de novembro de 1935 é requerido junto da tutela a extinção do nome Pêgo, Soromenho & Companhia, Limitada, passando a entidade a funcionar sob a razão social de Fernandes Magalhães, Limitada. A pretensão é deferida por Despacho de 09 de dezembro de 1935, sendo formalizada por escritura realizada em 26 de fevereiro de 1936.
Sistema de organização
Cronológico
Existência e localização de cópias
Nenhuma
Unidades de descrição relacionadas
Para informações posteriores, consultar BP/SB/BFM - Banco Fernandes Magalhães.