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Joaquim Pinto Leite & Filhos

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Joaquim Pinto Leite & Filhos

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subfundo   Subfundo

Código de referência

PT/BP/IGCS-JPL

Código de referência Nyron

IGCS/JPL

Título

Joaquim Pinto Leite & Filhos

Datas de produção

1921-09-22  a  1943-03-28 

Dimensão e suporte

1 Caixa ; Papel

História administrativa/biográfica/familiar

A antiguidade da casa bancária Joaquim Pinto Leite & Filhos remonta a 1830 e ao negócio que em nome individual Joaquim Pinto Leite fundara. Em data posterior, foi associado ao negócio bancário o seu filho Adelino Pinto Leite, tendo então a sociedade adotado a razão social de Joaquim Pinto Leite & Filho. Esta sociedade foi dissolvida em 27 de fevereiro de 1880, por falecimento do sócio fundador. Por escritura de 31 de março de 1880, lavrada nas notas de Tibério Augusto Pereira Mendes, Licínio Pinto Leite e Luís Pinto Leite, também filhos de Joaquim Pinto Leite, desejando continuar o negócio bancário iniciado pelo pai, criaram uma nova sociedade que manterá o nome de Joaquim Pinto Leite & Filho. Contudo, em 31 de dezembro de 1883 foi esta firma dissolvida, ficando todo o ativo e passivo a cargo do sócio Licínio, que adotou a razão social de Joaquim Pinto Leite, Filho & Companhia. Por escritura de 12 de dezembro de 1888, Licínio Pinto Leite, desejando associar à sociedade o seu cunhado, José de Bessa Pinto, e o irmão, Joaquim Pinto Leite, a partir de 01 de janeiro de 1889 constituíram uma sociedade mercantil em nome coletivo que tinha por objeto a exploração do ramo bancário. A sociedade continuava a girar sob a designação de Joaquim, Pinto Leite, Filho & Companhia, mantendo a sua sede no Porto. A sociedade possuía o capital de 60 contos de réis, dividido em duas partes iguais que pertenciam a Licínio Pinto Leite e a José de Bessa Pinto. Em 05 de novembro de 1908, o pacto social foi alterado por morte de Licínio Pinto Leite. O seu lugar na sociedade é ocupado por seu filho, Joaquim Emílio Pinto Leite, mantendo-se todas as restantes disposições acordadas em 12 de dezembro de 1888. Em 07 de dezembro de 1914, o pacto social foi novamente alterado e ratificadas as disposições das anteriores escrituras. Em 03 de janeiro de 1921 o pacto social é novamente alterado pela saída do sócio, Joaquim Pinto Leite, ficando a sociedade entregue a Joaquim Emílio Pinto Leite e a José de Bessa Pinto. Em 22 de setembro de 1921, ao abrigo do disposto no art.º 2º do Decreto nº 7702, de 06 de setembro de 1921, requerem a continuação da firma no negócio de cambiais. Deferido o pedido por Despacho de 22 de setembro, foi fixada caução para o exercício da atividade cambista em 150.000$00. Com a sede instalada na Rua dos Clérigos, no Porto, em 1923 possuía já uma agência aberta em Lisboa, na Rua de S. Julião. Devido ao incremento da atividade no negócio de cambiais, em 16 de abril de 1923 requerem autorização para aumentar a caução para 500.000$00, a qual é deferida por Despacho de 21 de abril.O progresso da casa bancária é notório, tendo resistido às inúmeras crises económicas e financeiras dos finais do século XIX, bem como à grave crise cambial, agravada com a falta de numerário em circulação, que assolou o País nos primeiros anos da década de 20 do século XX. Esta situação permitiu que a casa bancária adquirisse um estatuto e prestígio reconhecidos pela população. Contudo a situação favorável da casa bancária foi alterada com o impacto provocado pelos efeitos da Grande Depressão, nos primeiros anos da década de 30. Com efeito, a paralisação dos negócios, a falta de escoamento dos produtos para o exterior e o excesso de imobilizações dificultaram a liquidez da instituição. Contudo, o resultado da auditoria às contas da instituição, efetuado pela Inspeção do Comércio Bancário em julho de 1930, revelou a boa saúde financeira da casa Pinto Leite. Não obstante, a agência de Lisboa tinha sido encerrada. Por força estatutária, em 20 de fevereiro de 1931, devido ao falecimento do sócio José de Bessa Pinto, a firma entrou em liquidação. Por requerimento dirigido à tutela em 23 de fevereiro de 1931, Joaquim Emílio Pinto Leite, único sócio da casa bancária Joaquim Pinto Leite, Filho & Companhia, solicita autorização para, em nome individual, sob a razão social de Joaquim Pinto Leite, continuar a exercer a atividade bancária. Por Despacho de 25 de fevereiro, atendendo à situação grave que a praça portuense estava a atravessar e à queda de muitas das principais casas financeiras da região, o pedido não foi autorizado. Em 02 de março desse ano, após ouvidas as instâncias consultivas competentes, o pedido foi deferido, por Despacho de 10 de abril de 1931.Por Portaria de 23 de junho de 1931 (Diários do Governo, II série, de 24 e 25 de junho de 1931) Joaquim Emílio Pinto Leite pode continuar o negócio bancário, sob a razão social de Joaquim Pinto Leite, sociedade em nome individual, com o capital social de 5.500.000$00. Segundo a mesma portaria, a sede mantinha-se no mesmo local, à Rua dos Clérigos, no Porto. Por requerimento de 25 de junho de 1931 solicita o registo da sociedade individual “Joaquim Pinto Leite” no exercício da atividade bancária. Por despacho de 17 de julho de 1931 foi autorizada a firma Joaquim Pinto Leite a exercer a indústria de cambiais.Em 22 de dezembro de 1934 Joaquim Emílio Pinto Leite requereu autorização para constituir com seus filhos uma nova firma bancária, pedido que tem o seu deferimento pelo Despacho de 02 de janeiro de 1935. Assim, por escritura de 05 de janeiro de 1935, foi constituída a sociedade em nome coletivo sob a designação de Joaquim Pinto Leite & Filhos. Segundo o pacto social, a firma continuava o objeto social do comércio bancário, tendo sido constituída com o capital social de 5.500.000$00.Embora afastados os momentos mais críticos da crise financeira portuense, a retoma da normal atividade dos sectores produtivos da região era lenta e os prejuízos acumulados pelas casas bancárias resistentes tardavam em desaparecer. Em 25 de julho de 1941 o sócio capitalista morre agravando as dificuldades em que a casa bancária se encontrava. A solução passava pela fusão com outra instituição. Em 23 de março de 1942, é comunicada à tutela a fusão da casa bancária Joaquim Pinto Leite & Filhos com o Banco Ferreira Alves.Por escritura lavrada no cartório de Eduardo dos Santos Maia Mendes, em 07 de setembro de 1942 (Diário do Governo, III série, de 07 de outubro de 1942), a sociedade Joaquim Pinto Leite & Filhos foi dissolvida, tendo o ativo e passivo, sido integrados no Banco Ferreira Alves que com a fusão, alterou a designação para Banco Ferreira Alves & Pinto Leite.Por aviso publicado na II série do Diário do Governo de 24 de dezembro de 1942, foi oficialmente dissolvida a instituição e fusionados os seus ativos com o Banco Ferreira Alves.

Sistema de organização

Cronológico

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Unidades de descrição relacionadas

Para informações posteriores, ver IGCS/BFAPL - Banco Ferreira Alves & Pinto Leite.