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Caixa Económica Gonçalves Zarco

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Caixa Económica Gonçalves Zarco

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subfundo   Subfundo

Código de referência

PT/BP/IGCS-CEGZ

Código de referência Nyron

IGCS/CEGZ

Título

Caixa Económica Gonçalves Zarco

Datas de produção

1922-04-26  a  1971-07-29 

Dimensão e suporte

1 Caixa ; Papel

História administrativa/biográfica/familiar

A Caixa Económica Gonçalves Zarco encontrava-se anexa à Associação de Socorros Mútuos na Inabilidade Gonçalves Zarco. A associação, fundada no Funchal, em 06 de abril de 1918, tinha por objetivos a criação de um sistema de solidariedade e proteção aos seus associados através de pagamentos de reformas, de pensões mensais no período de inabilidade e de subsídios para expensas fúnebres. Na sua assembleia geral de 08 de maio de 1921 foi aprovada a primeira versão dos estatutos para a constituição de uma caixa económica, seguindo os preceitos já instituídos por algumas instituições de carácter mutualista que viam nas caixas económicas a solidez financeira necessária à associação.Em 16 de janeiro de 1923 o Alvará desta data aprova os primeiros estatutos da Caixa Económica Gonçalves Zarco. De acordo com o seu pacto social, a caixa económica tinha por objetivos fundamentais receber depósitos de pequenas importâncias, a troco de juros, e dar aplicação produtiva a esses depósitos reforçando, com os seus lucros, os fundos da associação de socorros a que estava anexa. O capital da instituição era flutuante, sendo o valor dos depósitos assegurado pela Associação de Socorros Mútuos na Inabilidade Gonçalves Zarco. Para além dos depósitos que recebia, a troco de juros capitalizáveis, a instituição estava autorizada a fazer empréstimos sobre hipotecas de propriedades rústicas ou urbanas circunscritas ao concelho do Funchal. Pelos mesmos estatutos, competia à direção regular o valor do juro a praticar, tendo em atenção as oscilações vigentes na praça financeira madeirense. No que respeita à aplicação dos seus lucros, 10% eram destinados à constituição do capital inicial da instituição; depois do capital constituído, os lucros dividir-se-iam em 20% para o fundo permanente da associação de socorros, 40% para o fundo disponível e 40% para o fundo de reserva. Nos primeiros anos de vida, a instituição esteve entregue a Jaime Policarpo de Abreu que assumiu as funções de presidente da Direção.Sobre o início da Caixa Económica Gonçalves Zarco, pouco sabemos. No entanto, temos conhecimento que a um curto momento de ascensão inicial, sobrevieram as dificuldades provocadas pela Grande Depressão de 1929. Havia falta de mercados para os produtos, o clima social e político eram instáveis e, os setores industrial e comercial da ilha cederam à falta de liquidez das instituições de crédito. Estas, foram abaladas pela falta de confiança da população e pela corrida aos depósitos. Não obstante os tempos difíceis, a Caixa Económica Gonçalves Zarco ultrapassou a fase crítica.Se em 1938, o capital social era de 7 contos, em meados da década de 50, esse mesmo capital iria ascender a 56 contos.O ano de 1969 marcou o início do processo de fusão entre a Associação de Socorros Mútuos da Inabilidade Gonçalves Zarco e a Associação de Socorros Mútuos 4 de Setembro de 1862, com a incorporação da primeira, nesta última, abrangendo igualmente as caixas económicas que lhes estavam anexas. Aprovada a fusão pelas assembleias gerais das duas mutuárias, em 13 de julho de 1971, a Direção da Previdência e Habitações Económicas, organismo do antigo Ministério das Corporações e Previdência Social, em Diário do Governo, II série, de 13 de julho de 1971 promulga a autorização da fusão das duas instituições. A incorporação do ativo e passivo da Caixa Económica Gonçalves Zarco na Caixa Económica do Funchal foi outorgada no mês seguinte, pelo Ministro das Finanças, em 19 de agosto de 1971, que simultaneamente permitiu à Caixa Económica do Funchal abrir uma dependência urbana na antiga sede da Caixa Económica Gonçalves Zarco, na Rua Câmara Pestana (Diário do Governo, III série, de 19 de agosto de 1971). A incorporação das duas instituições de crédito foi firmada por escritura pública efetuada no cartório de José da Silva Martins, do Funchal.

Sistema de organização

Cronológico

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Unidades de descrição relacionadas

Para informações posteriores, consultar BP/SB/CEF - Caixa Económica do Funchal; BP/CG/084 - Inspeção às casas bancárias no Funchal.