Banco Espírito Santo
Nível de descrição
Subfundo
Código de referência
PT/BP/IGCS-BES
Código de referência Nyron
IGCS/BES
Título
Banco Espírito Santo
Datas de produção
1925-03-18
a
1937-04-08
Dimensão e suporte
1 Caixa ; Papel
História administrativa/biográfica/familiar
As origens do Banco Espírito Santo remontam a 1869, ano em que José Maria do Espírito Santo Silva inicia a atividade de compra e venda de títulos de crédito.Com a sede inicialmente instalada na Calçada do Combro, em Lisboa, nos finais de 1880, a casa bancária é transferida para uma zona mais central: a esquina da Rua Augusta com a Rua do Comércio. Em 1884, José Espírito Santo Silva funda, na qualidade de sócio maioritário, outras entidades bancárias: a Beirão, Silva Pinto & Companhia (1884-1886), a Silva, Beirão, Pinto & Companhia (1897-1911), a J. M. Espírito Santo Silva (1911) e a J. M. Espírito Santo Silva & Companhia (1911-1915). Com o falecimento do seu fundador em 1915, esta última é dissolvida e em seu lugar surgiu a casa bancária Espírito Santo Silva & Companhia, gerida pelo filho mais velho José Ribeiro do Espírito Santo e Silva, em parceria com os empregados mais antigos da casa (sócios minoritários).Em 1919, a totalidade do capital passou a ser dominado pelos irmãos Espírito Santo (José Ribeiro e Ricardo Ribeiro do Espírito Santo e Silva).Em 09 de abril de 1920, a casa bancária Espírito Santo Silva & Companhia é transformada em banco, com o capital social de 3.600 contos. Nasce, assim, o Banco Espírito Santo, mantendo a sede na Rua do Comércio, em Lisboa e juridicamente, constituído como sociedade anónima de responsabilidade limitada.Em 20 de outubro de 1920 dá-se a primeira alteração ao pacto social com a entrada de dois novos acionistas e o reforço do capital. Com efeito, são admitidos à sociedade a casa bancária Pinto & Sotto Mayor e o Banco Colonial Português. Com a entrada destes dois novos acionistas, o capital de 3.600 contos é aumentado para 7.200. Em 26 de dezembro de 1922 nova alteração ao pacto social reforça os poderes de gerência e adapta os estatutos aos tempos conturbados que o País atravessava. Em 1920, foi inaugurada a primeira agência, em Torres Vedras. A abertura de agências prosseguiu, e em 1921, foram abertas as agências do Porto e Caldas da Rainha, que fechou em 1926. Em 1923 foi a vez da agência do Funchal que fechou no ano seguinte e, em 1927, a de Coimbra. Até 1937, o banco procurou expandir a sua rede bancária a locais-chave onde existia grande concentração de capitais: S. João da Madeira, Braga, Faro, Santarém, Ovar, Torres Novas, Gouveia, Estoril, Tortosendo, Abrantes e Covilhã.O Banco Espírito Santo reforçou substancialmente a sua posição na praça, graças à sua gestão conservadora, e à totalidade do capital estar centralizado na posse de uma só família. Em 1933, por escritura realizada a 27 de setembro e autorizada por Portaria de 25 de setembro (Diário do Governo, I série, de 27 de setembro de 1933), o pacto social sofreu nova alteração. O capital social realizado elevava-se agora a 12.000 contos, estando dividido em 133.333 ações de 90$00 cada.Em 1937, por Portaria de 20 de outubro, publicada no Diário do Governo, III série, de 21 desse mês, foi autorizada a fusão da instituição com o Banco Comercial de Lisboa. Desta incorporação, a instituição reforça a sua posição e adota a designação de Banco Espírito Santo & Comercial de Lisboa. Esta designação, só voltará a ser adotada em 1999, após o retorno da instituição à família Espírito Santo, por escritura de 06 de julho de 1999. Em 31 de dezembro de 2005, o Banco Espírito Santo integrou, por fusão, o ativo e passivo do BIC – Banco Internacional de Crédito.Em 2014, foi dividido em duas entidades distintas: o Novo Banco e o Banco Espírito Santo, popularmente designado por “Banco Mau”, que entrou em processo de liquidação.
Sistema de organização
Cronológico
Existência e localização de cópias
Nenhuma
Unidades de descrição relacionadas
Para informações posteriores a 1937 consultar BP/SB/BESCL - Banco Espírito Santo & Comercial de Lisboa.