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Augustine, Reis & Companhia

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Augustine, Reis & Companhia

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subfundo   Subfundo

Código de referência

PT/BP/IGCS-AR

Código de referência Nyron

IGCS/AR

Título

Augustine, Reis & Companhia

Datas de produção

1921-09-17  a  1972-05-18 

Dimensão e suporte

1 Caixa ; Papel

História administrativa/biográfica/familiar

As origens da casa bancária Augustine, Reis & Companhia remontam à atividade exercida pela antiga firma António Casanovas Augustine, Limitada, instituição sediada à Rua da Conceição, em Lisboa, com um capital social de 400.000$00 e fundada em 31 de Dezembro de 1915. A sociedade António Casanovas Augustine, Limitada tinha por objeto principal o comércio de câmbios e de papéis de crédito. Esta sociedade, em 1921, requere a autorização necessária para continuar a exercer a indústria cambista, pedido que lhe é deferido em 19 de setembro de 1921 tendo sido caucionados em 150.000$00.Em 1923, por escritura lavrada a 06 de janeiro, no notário Eugénio de Carvalho e Silva, de Lisboa, foi a sociedade António Casanovas Augustine, Limitada transformada em sociedade comercial em nome coletivo sob a designação de Augustine, Reis & Companhia, tendo aumentado o capital social para 450.000$00. A nova sociedade tinha por sócios António Casanovas Augustine, Fernando de Abreu Reis e António Casanovas Augustine Júnior e o objeto social mantinha-se na exploração do negócio de câmbios, no comércio de papéis de crédito, de fundos públicos e de moedas ou qualquer outro ramo que os sócios entendessem. Em Abril de 1923, face ao desenvolvimento da casa comercial, é solicitada autorização para elevar a caução prestada para 500.000$00.Por escritura de 14 de junho de 1924, o pacto social é alterado, entrando para a sociedade Álvaro de Abreu Reis, irmão de Fernando de Abreu Reis. Em março de 1925 é requerido o registo da instituição no exercício da atividade bancária.Por escritura de 28 de dezembro de 1925, sai da sociedade Álvaro de Abreu Reis, e por escritura de 30 de maio de 1929, sai da sociedade António Augustine Júnior. Em 14 de novembro de 1929, é a vez de António Casanovas Augustine ceder parte da sua quota à sociedade Margotteau Ferreira, Limitada e o restante ao sócio Fernando de Abreu Reis, deixando assim de fazer parte da sociedade que tinha criado. A 06 de dezembro de 1930 o pacto social é novamente alterado saindo da firma a recentemente entrada Margotteau Ferreira, Limitada, cedendo a sua quota à firma F. Reis & Santos, Limitada.Em 18 de janeiro de 1932 é requerido junto da Inspeção a redução da caução prestada para o exercício da atividade cambial, sob o argumento da redução do movimento (motivado pela crise que grassava as várias instituição financeiras do país fruto da grande depressão e de vários fatores internos), pretensão que é indeferida por despacho de 27 de janeiro desse mesmo ano.De um modo geral, os anos 30 e 40 do século XX foram anos de altos e baixos no movimento da casa bancária, anos que procuraram afastar os efeitos económicos e financeiros nocivos da crise de 1929 e dos efeitos que a recessão provocada pela Segunda Grande Guerra, tinha gerado. Ao sabor de anos de lucro e de prejuízo o fundo de reserva e o capital social da casa bancária ia variando sem que a Inspeção permitisse tal ou tivesse conhecimento atempado da situação.Em 11 de setembro de 1941 a estrutura social da casa bancária é novamente alterada: sai da sociedade a firma F. Reis & Santos, Limitada e a sua quota é cedida a Jorge Correia Reis. A partir dos anos 50 a Inspeção vigia de perto as contas da instituição, que se mostram sempre em dia e regulares face às disposições legais. O único senão apontado refere-se à concessão de créditos, superior ao limite estabelecido, e à necessidade de reforço do capital social, para os mínimos exigidos de 6.111.000$00.Em 31 de outubro de 1955 o Fundo de Reserva da casa bancária é elevado para 3.000.000$00 e em janeiro de 1958 é requerido o aumento do capital social de 450.000$00 para 30.000.000$00, por incorporação de reservas, pedido que é autorizado superiormente. Por escritura pública de 28 de abril de 1958 é regularizada a situação e o capital social da casa bancária aumentado.Face ao clima favorável que Portugal viveu nos anos 60, ao qual o setor financeiro não foi alheio, o desenvolvimento do negócio da casa bancária foi uma constante e a 11 de março de 1965 requere junto da Inspeção Geral o aumento do capital social de 30.000.000$00 para 50.000.000$00. Com o falecimento de Fernando de Abreu Reis, aguardou-se melhor oportunidade, o que acontece em 1967, após a realização de partilhas de bens do falecido sócio.Por Portaria de 27 de julho de 1967 é autorizado que a casa bancária proceda à realização de escritura de aumento de capital para os 55.000.000$00, ficando sócios da sociedade D. Gabriela Ramires Corrêa Reis, D. Maria Helena Corrêa Reis Pais do Amaral Coelho e Jorge Correia Reis. A escritura de alteração do pacto social foi celebrada em 14 de setembro de 1967.Por escrituras celebras em 30 e 31 de dezembro de 1970 as quotas foram cedidas a Jorge Artur Rego de Brito e à sociedade J.A.R. Brito, Limitada, que passaram a ser únicos sócios da casa Augustine, Reis & Companhia. A Portaria que autorizou a cessão de quotas realizada foi publicada em Diário do Governo de 03 de junho de 1971. Por Portaria de 07 de março de 1972, foi autorizada a fusão por incorporação nesta casa bancária da sociedade Sousa, Cruz & Companhia, Limitada, e a transformação da casa bancária Augustine, Reis & Companhia numa sociedade anónima sob a designação de Banco Intercontinental Português, SARL.

Sistema de organização

Cronológico

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Unidades de descrição relacionadas

Para informações anteriores a 1972 ver também IGCS/SC - Sousa, Cruz & Companhia, Limitada. Para informações posteriores, ver BP/SB/BIPOR - Banco Intercontinental Português.