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Reid Castro & Companhia

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Reid Castro & Companhia

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subfundo   Subfundo

Código de referência

PT/BP/IGCS-RC

Código de referência Nyron

IGCS/RC

Título

Reid Castro & Companhia

Datas de produção

1925-05-21  a  1946-05-06 

Dimensão e suporte

7 Livros e 1 Caixa ; Papel

História administrativa/biográfica/familiar

A casa bancária Reid, Castro & Companhia foi a sucessora da antiga firma, sociedade por quotas, Reid, Castro & Companhia, Limitada, que tinha sido constituída em 23 de dezembro de 1905. A primitiva sociedade, com o capital social de 60.000$000 réis, teve por fundadores William James George Reid, Alfred Edward Reid, Henrique Augusto Vieira de Castro, Abraham Adida, o 1º Visconde de Cacongo, Sir Alfred L. Jones e Eduardo A. Cunha, pessoas conceituadas e de renome no comércio e indústria madeirenses. Com a sede social estabelecida no Funchal, o seu objeto era já o exercício da atividade bancária. Durante os primeiros anos de vida, a sociedade por quotas sofre algumas alterações na sua estrutura social: em 21 de julho de 1909 Henrique Vieira de Castro adquiriu a quota de Eduardo A. Cunha e, em 18 de setembro de 1909, parte da do 1º Visconde de Cagongo; em 02 de março de 1910, a quota do falecido Alfred L. Jones foi adquirida por William George Reid, Alfred Edward Reid e Henrique Vieira de Castro.Face à redução do número de sócios e à redistribuição do capital pelos restantes, em 29 de maio de 1912 foi celebrada uma escritura nas notas do Notário Frederico Augusto de Freitas, do Funchal, em que os sócios decidiram pela liquidação da firma Reid, Castro & Companhia, Limitada, criando em seu lugar a sociedade comercial em nome coletivo e responsabilidade ilimitada, Reid, Castro & Companhia. A nova sociedade, situada no Largo do Comércio, no Funchal, foi fortalecida com o capital social de 100.000$000 réis e tinha por sócios Henrique Vieira de Castro (40.000$000 réis), William James George Reid (25.000$000 réis), Alfred Edward Reid (25.000$000 réis) e Abraham Adida (10.000$000 réis). O objeto da sua atividade manteve-se com a realização de transações bancárias; podia também dedicar-se a outros ramos de atividade, com o consenso dos sócios. Em 17 de junho de 1912, a escritura de 29 de maio sofreu um aditamento a fim de deixar bem claro a liquidação da anterior firma. Os primeiros anos da nova casa bancária foram de prosperidade, uma vez que a consolidação da firma na praça já tinha sido feita. O clima de prosperidade económica e financeira auxiliou os bons resultados alcançados.Em 03 de junho de 1925, fez-se nova alteração ao pacto social devido à morte de Abraham Adida. A quota deste, foi adquirida pelos outros sócios. Dois anos mais tarde, um processo similar teve lugar com a morte de Henrique Vieira de Castro, passando a sua quota, em 31 de maio de 1927, para os seus herdeiros, que se mantiveram como sócios integrantes da firma.O desenvolvimento da rede de correspondentes nacionais e estrangeiros da Reid, Castro & Companhia permitiram um maior desenvolvimento da atividade da casa bancária. Esta situação proporcionou a diversificação do capital por outros ramos e o fortalecimento do património imobiliário da firma, prestando a casa bancária um importante auxílio ao desenvolvimento e promoção de alguns setores da indústria, comércio e turismo da Madeira. Destes investimentos saliente-se pela importância a Companhia de Turismo da Madeira, a Madeira House e a Empresa das Águas da Rocha Vermelha.A crise económica e financeira internacional provocada pela grande depressão de 1929, e com grandes reflexos na praça madeirense, bem como os acontecimentos políticos internos de 1931 (Revolta da Madeira e Revolta da Farinha) inverteram o clima favorável e de prosperidade que se vivia. O encerramento de fábricas de engenho de cana, o decréscimo da produção de vinha e as dificuldades no escoamento destes e outros produtos tradicionais da região causaram grande instabilidade nas instituições, levando à suspensão de alguns bancos e casas bancárias. O descrédito nestas instituições originou a corrida de depositantes para o levantamento de avultadas somas em detrimento dos afluxos de capital, que diminuíram consideravelmente, devido à falta de liquidez. Fruto de todos estes acontecimentos, a casa bancária Reid, Castro & Companhia suspendeu pagamentos a 07 de dezembro de 1931, tendo sido nomeado Comissário do Governo, Nuno Vasconcelos Porto, por Portaria publicada no Diário o do Governo nº270, II série, de 16 de dezembro. Visto não ter sido possível a sua reconstituição, a casa bancária foi mandada liquidar e retirada a licença para o exercício da atividade bancária, por Portaria de 18 de março de 1932. Por Portaria de 13 de junho de 1932, a Comissão Liquidatária ficou completa com a nomeação de Juvenal Raimundo de Vasconcelos, como representante dos sócios, e José Quirino de Castro, para representante dos credores. Dos principais credores da firma constam outras casas bancárias da praça madeirense como era o caso do Banco Sardinha e do banqueiro Luís da Rocha Machado. Os anos de 1933 e 1934 foram ocupados com a venda de propriedades da instituição como forma de saldar as dívidas junto dos credores. Contudo, a falta de liquidez e o excesso de oferta não facilitaram as operações, pois as propriedades não chegaram a atingir valores razoáveis, tendo muitas delas sido vendidas abaixo do preço inicial de licitação. Também o negócio da canalização de águas da Rocha Vermelha exigiu uma extraordinária atenção, sem grande sucesso. A Portaria de 30 de julho de 1935 extinguiu a Comissão Liquidatária, passando a sua função para o Comissário do Governo. Porém a liquidação estava longe de estar concluída, com inúmeras ações pendentes, de morosa decisão. O relatório final e as contas da liquidação deram entrada na Inspeção do Comércio Bancário em 25 de janeiro de 1940, mas somente em 12 de agosto de 1944 (Diário do Governo nº 187, II série) as contas seriam aprovadas e exonerado o comissário, dando-se por terminada a liquidação.

Sistema de organização

Alfabético e cronológico

Existência e localização de cópias

Nenhuma

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Para mais informações consultar também BP/CG-84 - Inspeção às casas bancárias no Funchal e BP-Funchal/077 - Processo de ação de letras de Edmund F. Broderip.