Luís Ferreira Alves & Companhia, Limitada
Nível de descrição
Subfundo
Código de referência
PT/BP/IGCS-LFA
Código de referência Nyron
IGCS/LFA
Título
Luís Ferreira Alves & Companhia, Limitada
Datas de produção
1921-09-19
a
1937-07-13
Dimensão e suporte
1 Caixa ; Papel
História administrativa/biográfica/familiar
Em 1874, Luís Ferreira Alves fundou uma casa bancária no Porto. Sobre os primeiros anos de atividade pouco se conhece. Após o falecimento do fundador, sucedeu-lhe Luís Ferreira Alves, seu filho, que em 25 de fevereiro de 1905, constituiu uma sociedade comercial em nome coletivo designada por Luís Ferreira Alves & Companhia. Esta sociedade tinha de capital social 100 contos e era constituída por Joaquim de Carvalho, Joaquim Ferreira Laves e Luís Ferreira Alves. O seu objeto era a exploração do negócio de câmbios, papéis de crédito assim como todas as operações bancárias. Com a morte dos dois primeiros sócios, a sociedade ficou na posse unicamente de Luís Ferreira Alves, que incutiu grande dinâmica aos negócios. Por escritura de 21 de abril de 1922, lavrada no Notário Domingos Curado, do Porto, a sociedade Luís Ferreira Alves & Companhia foi reconstituída, mantendo a sua sede na Praça da Liberdade, no Porto, tendo, contudo, aumentado o capital social para 200 contos. Nesta reconstituição, foram admitidos novos sócios: Luís Alves da Silva, cambista, José Isidoro de Almeida Pinheiro e José Ferreira Alves.Entre 10 de abril e 08 de junho de 1923, a casa ficou temporariamente suspensa do exercício da sua atividade devido a problemas havidos com a transação de cambiais.No início dos anos 30, foram sentidas graves dificuldades no País e, muito especialmente na praça portuense, motivadas pela crise económica e financeira internacional. Diversas instituições bancárias suspenderam pagamentos e muitas outras liquidaram. Esta casa, embora gozando de boa reputação e credibilidade desde há muito, não resistiu ao levantamento dos depósitos, pelos clientes, vendo-se forçada, a 19 de julho de 1930, a suspender pagamentos.Por Portaria de 22 de julho de 1930 foi nomeado Comissário do Governo José Nosolini da Silva Leão.Com o acordo de grande número de credores, foi possível a sua reconstituição. Por esse acordo, os credores aceitantes ficavam com os créditos reduzidos em 75%, transformados em quotas no capital de uma nova instituição a criar, que assumia o encargo de pagar aos credores não aceitantes 37,5% dos seus créditos em três prestações anuais e iguais. Homologado o acordo de credores pelo Tribunal do Comércio do Porto, em 19 de fevereiro de 1931, no dia 01 de abril do mesmo ano, foi criada a firma Luís Ferreira Alves & Companhia, Limitada. Por Portaria de 14 de outubro de 1931, publicada em Diário do Governo, II série, de 16 de outubro, o pacto social da nova firma foi aprovado, vendo assim convertidos parte dos créditos de terceiros, em capital. A firma Luís Ferreira Alves & Companhia, Limitada ficou então, com o capital de 13.569.081$51.Face aos lucros obtidos nos anos seguintes, e saldadas as responsabilidades com os credores não aceitantes, em Assembleia Geral de 08 de julho de 1934 solicitaram junto da tutela a transformação da sociedade por quotas em sociedade anónima de responsabilidade limitada. Por Portaria publicada no Diário do Governo nº 107, II série, de 08 de maio de 1936 foi autorizada esta transformação e a alteração da denominação social para Banco Ferreira Alves (constituído em 01 de julho de 1936). Por Portaria de 09 de julho de 1936, publicada no Diário do Governo nº 133, II série, do mesmo dia, foi aprovado o projeto de estatutos da nova instituição, com o capital social realizado de 10.000.000$00. Em 14 de julho de 1936, a Portaria publicada nesta data exonerou o Comissário do Governo, visto estarem cumpridas as cláusulas do acordo de credores.
Sistema de organização
Cronológico
Existência e localização de cópias
Nenhuma
Unidades de descrição relacionadas
Para informações posteriores, consultar BP/SB/BFAPL - Banco Ferreira Alves & Pinto Leite.