J. & F. Mendonça
Nível de descrição
Subfundo
Código de referência
PT/BP/IGCS-JFM
Código de referência Nyron
IGCS/JFM
Título
J. & F. Mendonça
Datas de produção
1929-03-09
a
1951-01-24
Dimensão e suporte
1 Caixa ; Papel
História administrativa/biográfica/familiar
As origens da sociedade J. & F. Mendonça remontam a 1865, quando, em Olhão, a firma era correspondente de diversas instituições bancárias e desenvolvia paralelamente a atividade de agente de seguros. Contudo, é através da escritura pública realizada no Notário da Comarca de Olhão, Miguel Mercês Aires de Mendonça, datada de 24 de julho de 1903, que se criou a sociedade comercial em nome coletivo com a designação de J. & F. Mendonça. Eram seus sócios, José Guerreiro Mendonça e Francisco Xavier Mendonça, com a quota de quinhentos mil reis, cada. O objeto da sociedade era o negócio de comissões, consignações, importações, exportações, assim como outras operações comerciais, industriais ou financeiras que os sócios entendessem fazer. Em 1909, representava o Banco de Portugal e mais duas instituições bancárias, dedicando-se também na localidade algarvia, ao negócio de produção e comércio de sal. O desenvolvimento de Olhão assim como das localidades à sua volta originou que, em 1915, a firma aumentasse as correspondências bancárias a seu cargo. Em 1930 alargou o conjunto das instituições que representava, sendo então, o mais representativo dos agentes bancários na localidade. Em 15 de Novembro de 1926, o pacto social da firma foi alterado.Dando incremento à atividade que desenvolviam, em 09 de março de 1929 requereram autorização para a criação de uma casa bancária. Por parecer do Conselho Bancário de 27 desse mês, a pretensão foi deferida e, a Portaria de 22 de abril de 1929 (Diário do Governo nº 94, II série, de 24 de abril) autorizou a constituição da casa bancária J. & F. Mendonça, em Olhão, com o capital de 100.000$00 (ouro).O reforço de capital da sociedade foi concretizado pela escritura realizada a 11 de maio de 1929, no Notário da Comarca de Olhão, Joaquim Henrique Cruz Gomes. A crise económica e financeira internacional começou a fazer-se sentir e, em 1932, a casa bancária foi alvo de inspeções. Em 30 de janeiro de 1936, suspendeu pagamentos. A 16 de março desse ano, a Portaria dessa data, nomeou João da Rocha Cardoso Comissário do Governo e, por Portaria de 15 de maio do mesmo ano, foi decretada a imediata liquidação da firma. Para coadjuvar o processo liquidatário foram ainda nomeados António dos Reis Almodôvar, por parte dos credores, e Joaquim Duval de Sousa Pestana, por parte dos sócios. (Portaria de 10 de outubro de 1936) O processo liquidatário foi complexo, tendo-se prolongado no tempo. Em outubro de 1938 tem lugar o primeiro rateio, no valor de 6% dos créditos e em 28 de novembro desse ano foi extinta a Comissão Liquidatária. Manteve-se em funções o Comissário do Governo, visto a liquidação ainda não estar terminada. Em 31 de maio de 1947 deu entrada na Inspeção do Comércio Bancário o relatório final e as contas da liquidação. No entanto, esta só foi dada por concluída em 23 de janeiro de 1951, com a aprovação das contas e a exoneração do Comissário do Governo.
Sistema de organização
Cronológico
Existência e localização de cópias
Nenhuma