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Costa & Companhia

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Costa & Companhia

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subfundo   Subfundo

Código de referência

PT/BP/IGCS-C

Código de referência Nyron

IGCS/C

Título

Costa & Companhia

Datas de produção

1917-09-03  a  1965-02-10 

Dimensão e suporte

9 Livros e 3 Caixas ; Papel

História administrativa/biográfica/familiar

A firma Costa & Companhia foi fundada em 1864 por José Manuel da Costa e João José da Silva Costa. Com a sede social estabelecida na Figueira da Foz, à Rua 5 de Outubro, foi constituída como sociedade comercial em nome coletivo. A firma, em 1919, tinha por capital 15 contos integralmente realizados. Pela escritura de 1925 eleva o capital a 20 contos. O objeto social era o comércio de comissões, consignações, negócios por conta própria, transações bancárias e afins. O pacto social foi alterado em 23 de outubro de 1919 e em 29 de janeiro de 1925. Embora a instituição não possuísse filiais, sucursais ou quaisquer agências, era correspondente bancária das mais importantes instituições de crédito do País.Em 1925 é solicitado o registo da sociedade para o exercício da atividade bancária e em setembro de 1930, os sócios, no intuito de darem mais garantias e solidificarem o capital, cedem todos os bens imóveis à sociedade, no valor de 825 contos. Em março de 1931, por inspeção realizada são-lhe detetadas deficiências na escrita e problemas de solvabilidade. Em 1942 é admitido na sociedade outro sócio, tendo sido elevado o capital social para 200 contos. A credibilidade e solidez da firma são reforçadas: era considerada por muitos como o banco dos pobres pois era a depositária de grande parte das economias dos mais desprotegidos e pequenos comerciantes e empresários da região.Nos finais dos anos 40 atravessou alguns problemas, maioritariamente ocasionados pelas dificuldades de liquidação de dívidas contraídas pelas empresas de pesca da região. Em 1952, a firma encontrava-se em péssima situação e, em 16 de março de 1953, suspende pagamentos. Este facto, repercutiu-se negativamente em muitas casas comerciais, incluindo as empresas de pesca que se encontravam a si anexas e nas quais detinha sociedade (Companhia de Navegação Euro Africana de Pesca, Sociedade de Pesca Luso-Brasileira, Lda., entre outras de menor dimensão). A Portaria de 25 de março de 1953 nomeia Comissário do Governo Joaquim Manuel Lopes da Silva. Não tendo sido possível a sua reconstituição nos prazos legais, solicitou-se prorrogação dos mesmos. Entretanto, em junho de 1953, é apresentada uma proposta por Monsenhor José Lourenço Palrinhas - a absorção da casa Costa & Companhia pela Casa Raposo de Magalhães, com intervenção do Banco Nacional Ultramarino que suportaria os prejuízos no impedimento desta última. Em novembro de 1953, foi apresentada nova solução de viabilização que passava pela criação de um novo banco. A Portaria de 25 de fevereiro de 1954 determinou a liquidação imediata da firma, bem como aa utorização para o exercício do comércio bancário. Apesar de tentativas diversas para a reanimação da casa bancária, a liquidação prossegue.Em 27 de maio de 1954 a Comissão Liquidatária fica completa com a nomeação de António Baltar de Oliveira, nomeado representante dos sócios e o Banco Nacional Ultramarino, que representava os credores. Em 16 de março de 1957, a Comissão Liquidatária é extinta sem a conclusão dos trabalhos, mantendo-se em funções o Comissário do Governo.Depois de três rateios (20%, 5% e 7,845%), em 1960, os trabalhos do Comissário do Governo cessaram, tendo a firma sido definitivamente absorvida pelo Banco Raposo de Magalhães que, na Figueira da Foz, abre uma agência.

Sistema de organização

Cronológico

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Unidades de descrição relacionadas

Para mais informações, ver também Arquivo Salgado Pasta 78 - 6001274