Caixa Económica Madeirense
Nível de descrição
Subfundo
Código de referência
PT/BP/IGCS-CEMAD
Código de referência Nyron
IGCS/CEMAD
Título
Caixa Económica Madeirense
Datas de produção
1930-11-11
a
1970-12-22
Dimensão e suporte
1 Caixa ; Papel
História administrativa/biográfica/familiar
Fundada em 28 de março de 1904, a Associação de Socorros Mútuos Montepio Madeirense foi oficialmente reconhecida, com a aprovação dos seus estatutos, pelo Alvará de 23 de janeiro de 1905. Dois anos após a fundação, em 07 de setembro de 1907, seguindo a tendência mutuária de algumas instituições espalhadas pelo País, a Associação de Socorros fundou uma caixa económica anexa: a Caixa Económica Madeirense, também designada por Caixa Económica do Montepio Madeirense.Em 14 de dezembro de 1911, os estatutos da caixa económica, são reformados (Diário do Governo nº 176, de 29 de julho de 1912).Constituída com duração ilimitada, a caixa tinha por missão incitar o espírito de economia, através da receção de depósitos, com vencimento de juros, dar aplicação produtiva a esses investimentos e, através dos lucros obtidos, auxiliar no cabal desempenho da missão do Montepio Madeirense, entidade a quem estava anexa. Para tal estava autorizada a realizar operações de depósitos, empréstimos sobre penhores e hipotecas. Na praça madeirense, estavam já instaladas a Caixa Económica do Funchal e a Caixa Económica Gonçalves Zarco, sérias concorrentes na captação de recursos junto dos mais desfavorecidos.Os primeiros anos de vida da Caixa Económica Madeirense demonstram um movimento ascendente nos lucros. Contudo, a praça financeira do Funchal vai sofrer uma forte retração nos finais da década de 20, princípios da década de 30, com a suspensão de pagamentos de várias casas bancárias da praça: Rocha Machado & Companhia, Reid, Castro & Companhia e Henrique Figueira da Silva. Estas três casas bancárias eram guardiãs de uma boa parte dos dinheiros recebidos pela Caixa Económica Madeirense. A suspensão de pagamentos e a crise política-financeira da época, afetaram a credibilidade das instituições da ilha que, sem meios para fazer face aos levantamentos em massa dos depósitos por parte da população, suspenderam pagamentos. Abalada pelos acontecimentos financeiros, a caixa económica sofreu graves prejuízos, mas conseguiu subsistir graças à proteção do então Ministro das Finanças. Este recomendou à Caixa Geral de Depósitos a prestação de auxílio financeiro ao Montepio Madeirense e à Associação de Socorros Mútuos “4 de Setembro” (Caixa Económica do Funchal), a fim de controlar o descalabro financeiro e, evitar maiores danos junto das populações mais desprotegidas. Passada a crise, e recuperando lentamente a confiança dos investidores, a Caixa Económica Madeirense volta a registar lucros.A década de 60 trouxe desenvolvimento à praça financeira insular. Foi igualmente, a década da expansão bancária nacional. Fruto desta tendência, assistiu-se ao aumento da concorrência entre as instituições bancárias, que desejosas de expansão no Funchal, abririam aí, agências.A fim de evitar o desprestígio do organismo, que apresentava uma boa saúde financeira e uma credibilidade impar, e por forma a permitir que outras entidades estendessem os seus horizontes para uma nova realidade insular, em 14 de dezembro de 1970 a Caixa Económica Madeirense foi incorporada na Caixa Económica de Lisboa.
Sistema de organização
Cronológico
Existência e localização de cópias
Nenhuma
Unidades de descrição relacionadas
Para informações posteriores a 1970, consultar BP/SB/CEMG - Caixa Económica do Montepio Geral.