Caixa Económica do Montepio Nacional
Nível de descrição
Subfundo
Código de referência
PT/BP/IGCS-CEMN
Código de referência Nyron
IGCS/CEMN
Título
Caixa Económica do Montepio Nacional
Datas de produção
1924-08-06
a
1932-03-08
Dimensão e suporte
1 Caixa ; Papel
História administrativa/biográfica/familiar
O Montepio Nacional, fundado em 05 de julho de 1905, funcionava como associação de socorros mútuos, e pela reforma das suas disposições estatutárias de 1907 (publicado em 1908), é aprovada a criação da Caixa Económica do Montepio Nacional. Instituída em 02 de maio de 1908 e anexa ao Montepio Nacional, a caixa económica tinha a sua sede em Lisboa, na Rua Augusta e Rua de S. Julião. Das operações principais realizadas e autorizadas à caixa destacam-se os empréstimos sobre títulos de crédito e joias, ordens de bolsa, créditos em conta corrente e a receção de dinheiro para a constituição de depósitos à ordem e a prazo. Pelas Assembleias Gerais de 05 de abril de 1918 e 29 de dezembro de 1919 foram aprovadas propostas para que o âmbito das operações fosse alargado à realização de descontos e redescontos de letras a firmas e casas bancárias de reconhecida confiança. Este acontecimento, trouxe importantes lucros à instituição. Em 1920, a Caixa Económica do Montepio Nacional gozava de uma situação brilhante e prometedora. No entanto, em finais de 1923 a situação era já problemática. Em 24 de junho de 1924 suspende pagamentos. Por Portaria de 17 de julho de 1924, foi nomeada uma comissão de inquérito a fim de averiguar e auditar as contas da instituição. Face à complexidade da situação e à desconfiança dos sócios e população em geral, durante o período de averiguações a instituição foi encerrada até que, em 01 de julho de 1926 reabre as portas sob novos moldes e nova gerência. Contudo, a crise do final da década que abalou o mundo e a frágil economia portuguesa, assim como o clima de desconfiança que pairava sobre a instituição não a deixaram prosperar. Nesta nova fase, a atividade da Caixa Económica limitava-se às operações de empréstimo sobre ouro, joias e papéis de crédito, cujo volume era pequeno. Em outubro de 1926 a nova gerência solícita autorização para a realização de operações de desconto e redesconto de letras, como outrora, mas tratando-se agora, de operações exclusivamente bancárias, o que lhe foi vedado. Não resistindo ao clima económico e político da época, e face à paralisação dos negócios, ao decréscimo significativo das entradas de capital, a gerências deficientes, a Caixa Económica do Montepio Nacional, em 1930, “quase nada representa como instituição de crédito mutualista” mostrando-se a direção empenhada numa fusão com outra instituição. Em outubro de 1930, pela análise às contas, sugere-se a liquidação e a consequente nomeação de um Comissário do Governo. Em princípios de 1932 o Montepio Nacional entrava em liquidação, tendo-lhe sido retirada a licença para o seu funcionamento por Despacho Ministerial de 11 de maio de 1932 (Diário do Governo nº 112, II série, de 16 de maio). O Processo de dissolução correu pela 3ª Vara do Tribunal do Trabalho de Lisboa, tendo ficado definitivamente encerrado com a sentença de 27 de março de 1936, que homologou a liquidação.
Sistema de organização
Cronológico
Existência e localização de cópias
Nenhuma