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Caixa de Crédito Micaelense, Limitada

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Caixa de Crédito Micaelense, Limitada

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subfundo   Subfundo

Código de referência

PT/BP/IGCS-CCM

Código de referência Nyron

IGCS/CCM

Título

Caixa de Crédito Micaelense, Limitada

Datas de produção

1922-07-31  a  1946-09-09 

Dimensão e suporte

1 Caixa ; Papel

História administrativa/biográfica/familiar

Por escritura de 01 de abril de 1918 foi alterado o pacto social da Caixa Económica Cooperativa do Grémio Micaelense, Limitada, fundada em 1907, passando a designar-se Caixa de Crédito Micaelense, Limitada. Esta mudança de designação social foi autorizada pela Assembleia Geral realizada em 25 de fevereiro de 1918.Segundo os estatutos aprovados nessa assembleia, a sede social mantinha-se instalada em Ponta Delgada, tendo a Caixa de Crédito Micaelense, Limitada, o capital social de 25 contos em moeda insulana, correspondendo às quotas que os sócios subscreviam na proporção das que já possuíam. Contudo, já estava previsto o aumento de capital até 50 contos insulanos, o que se realizou na Assembleia Geral de 06 de abril de 1920. Embora a designação social tenha mudado, o objeto da sociedade mantinha-se: dedicava-se aos empréstimos hipotecários sobre penhores e a todos os negócios autorizados em assembleia geral, como as operações de desconto.Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 27 de abril de 1920 o capital social da caixa volta a ser aumentado, para 200 contos, importância a subscrever pelos sócios que o pretendessem, mas sempre segundo a proporção das suas quotas. Em nova escritura notarial, datada de 20 de fevereiro de 1922, o pacto social foi alterado e o capital social também, reforçado para 1.000 contos em moeda insulana. Face ao valor do capital social, em Assembleia Geral Extraordinária de 07 de julho de 1926 foi posta à discussão a transformação da firma em sociedade anónima. Nesta assembleia deliberou-se ainda a elevação do capital social para 2.000 contos insulanos. Gozando de algum desafogo económico, em 1926, a Caixa Micaelense decidiu adquirir a casa exportadora de António Alfredo. As participações sociais da instituição não se ficaram por aqui e em 1927, a Caixa era detentora de inúmeros títulos de outras instituições e industriais.Em 1930, a Caixa aumentou o volume de transações graças à baixa de juros nos diferentes ramos de empréstimos, que praticava. Contudo, os lucros foram menores e a crise internacional nos mercados juntamente com a crise interna da praça financeira açoriana acentuaram os prejuízos da instituição. Em 28 de dezembro de 1934 foi equacionada a compra da casa bancária Raposo d’Amaral, Severim & Comandita, Sucessores, Limitada, já em dificuldades, tendo-se optado pela sua não aquisição. Embora com uma grave crise na praça e, com o encerramento de quase todas as instituições financeiras da ilha, a Caixa de Crédito Micaelense continuava a prestar um precioso auxílio em operações de desconto à indústria e comércio da região, gozando de confiança e solidez financeira.A II Grande Guerra trouxe profundos reflexos à economia da ilha e, por isso, em 1941, a Caixa comprou a quota da União das Armações Baleeiras de São Miguel, no valor de 20 mil escudos. A usufruir de um clima quase monopolista, num mercado muito restrito e estagnado, a Caixa vê com algum receio o desejo da instalação de uma agência do Banco Espírito Santo & Comercial de Lisboa em Ponta Delgada. Nesse sentido, desenvolve esforços para um entendimento mútuo, em Assembleia Geral de 12 de março de 1943. Esse entendimento viria a ter lugar no final de 1945, onde em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 19 de novembro, se votou a cessação de todos os negócios e o trespasse da Caixa de Crédito Micaelense ao Banco Espírito Santo & Comercial de Lisboa, com o objetivo deste abrir uma filial em Ponta Delgada.A transação com o banco lisboeta concretizou-se e estabeleceu-se um protocolo de confiança assinado em 25 de março de 1946. Em 17 de fevereiro de 1948 a Comissão Liquidatária deu por findo o período de transição e o encerramento da liquidação da instituição micaelense. Em 1954, o remanescente da liquidação foi distribuído pelos antigos funcionários.

Sistema de organização

Cronológico

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Unidades de descrição relacionadas

Para informações anteriores consultar também IGCS/CECGM - Caixa Económica Cooperativa do Grémio Micaelense, Limitada. Para informações posteriores a 1945 consultar também BP/SB/BESCL - Banco Espírito Santo & Comercial de Lisboa.