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Banco Popular Português

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Banco Popular Português

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subfundo   Subfundo

Código de referência

PT/BP/IGCS-BPP

Código de referência Nyron

IGCS/BPP

Título

Banco Popular Português

Datas de produção

1922-10-09  a  1944-11-25 

Dimensão e suporte

1 Caixa ; Papel

História administrativa/biográfica/familiar

Foi autorizada a criação do Banco Popular Português pelos Decretos de 15 de abril de 1916 e 13 de janeiro de 1917. A escritura pública da sua constituição foi realizada em 09 de abril de 1917, lavrada no 14º Cartório Notarial do Porto, nas notas de Artur Cardoso Pinto Osório, tendo sido publicada no Diário do Governo nº 96, III série, de 24 de abril. Criado por iniciativa de Crispim Nunes da Costa e de vários comerciantes e industriais notáveis das várias praças financeiras do País, o Banco Popular Português teve a necessidade dos dois diplomas de criação devido às dificuldades criadas na realização do capital social previsto no primeiro édito: 500 contos, dividido em 20.000 ações de 25$00 cada. Pelo segundo diploma legal, o capital a ser realizado foi reduzido para metade. Desde o início, a instituição assumiu um caráter popular, muito em voga na Europa da época, procurando fomentar a poupança, fornecer crédito a pequenos produtores e operários, auxiliar os proprietários, comerciantes e agricultores e a realizar obras lucrativas de caráter social (bairros económicos, sanatórios, sindicatos, cooperativas e sociedades de crédito rural e urbano). Este auxílio podia ser prestado por operações de empréstimos sobre penhores, depósitos à ordem e a prazo, descontos de letras, transferências e demais operações bancárias, como um banco comercial. Tinha a vantagem de chegar àqueles com quem os bancos comerciais não tinham interesse em operar, devido ao risco envolvido.Constituída como sociedade anónima de responsabilidade limitada, a sede social do banco ficou estabelecida na Rua do Loureiro, no Porto. Em 1923, muda de instalações para um edifício da Praça da Liberdade. Em Fevereiro de 1920, cria uma filial em Lisboa, na esquina da Rua do Ouro com a Rua da Conceição, com o capital de 3.000 contos, em substituição da delegação existente a cargo da firma Lima & Fragoso. O incremento e expansão do banco estava intimamente ligado aos bons resultados obtidos fruto da boa aceitação da instituição junto do público. Em 1918, em Assembleia Geral Extraordinária foi autorizada a elevação do capital social para os 3.000 contos, pretendendo-se dar o máximo desenvolvimento às relações bancárias na província e em Lisboa, mas já com as colónias e o Brasil em vista. Desde 1919, a rede de agências no País disparou, tendo atingido as 107 delegações em 1925. A crise que o banco vai atravessar faz reduzir o número de representações e, em 1928, todas as agências foram suprimidas, à exceção da filial de Lisboa. Devido ao volume do negócio e à diversificação das operações realizadas, o Banco Popular Português chegou ainda a possuir algumas representações no estrangeiro.Em abril de 1919, o banco entra no capital social da casa bancária Cupertino de Miranda & Irmão, Limitada, com uma quota de 40 contos. Em 04 de fevereiro de 1921 a sua participação é vendida a Artur Cupertino de Miranda, um dos sócios da casa bancária. A entrada do Banco Popular Português noutras instituições foi uma constante, tendo participado ainda no capital social da Sociedade de Turismo do Porto (que procurava dinamizar urbanisticamente a região de Vila do Conde e Póvoa de Varzim), na Companhia Metalúrgica do Norte, na sociedade Justino Pinto de Oliveira & Companhia, Limitada, na Moagem Harmonia, na Sociedade de Vidago e Pedras Salgadas e, na Fábrica de Tecidos Avenida, Limitada. Em 1922, a Assembleia Geral de 07 de outubro aprova a modificação dos estatutos no sentido de ser possível aumentar o capital até aos 10.000 contos, algo que nunca veio a suceder e, pelo Decreto de 16 de fevereiro de 1924, e escritura pública de 08 de março de 1924 (publicados em Diário do Governo, III série, de 12 de abril) os estatutos são novamente alterados. Face aos fracos resultados de alguns dos negócios em que estava envolvido, mas também ao agravamento da situação económico-financeira da praça, em 17 de agosto de 1925, o Banco Popular Português suspende pagamentos, tendo sido nomeado Comissário do Governo, por Portaria de 02 de setembro de 1925, Belchior de Figueiredo. Em dezembro de 1925 é anunciada a liquidação do estabelecimento e em 1927 a situação do banco mantinha-se sem que se conseguisse a reorganização que tanto era desejada.Em 03 de janeiro de 1928, o Tribunal do Comércio do Porto homologa concordata com os credores aceitantes e por Portaria de 16 de março de 1928, publicada em Diário do Governo nº 86, II série, de 18 de abril, foi exonerado o referido comissário por ter cessado os motivos que tinham originado a sua nomeação. A concordata previa o pagamento aos credores de 45% da dívida, nas seguintes condições: 1º rateio de 20%, seguido de um 2º e 3º rateios, de 12,5% cada.Em 08 de junho de 1928 deu-se nova alteração estatutária, introduzindo-se modificações nas partes respeitantes aos acionistas e credores. De acordo com uma carta da Delegação da Inspeção do Comércio Bancário, no Porto, em 23 de novembro de 1944, o Banco Popular Português encontrava-se extinto.

Sistema de organização

Cronológico

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Unidades de descrição relacionadas

Para mais informações consultar também IGCS/CMIR - Cupertino de Miranda & Companhia.