Banco Industrial Português
Nível de descrição
Subfundo
Código de referência
PT/BP/IGCS-BIP
Código de referência Nyron
IGCS/BIP
Título
Banco Industrial Português
Datas de produção
1918-08-07
a
1953-03-06
Dimensão e suporte
1 Livro e 1 Caixa ; Papel
História administrativa/biográfica/familiar
Pelo Decreto nº 4782, de 06 de setembro de 1918, é autorizada a constituição do Banco Industrial Português, como sociedade anónima de responsabilidade limitada. A escritura de constituição de sociedade foi celebrada em 14 de fevereiro de 1920, nas notas do Notário Dr. Noronha Galvão, tendo o banco iniciado operações em março desse ano, com um capital de 5.000 contos, elevado em março de 1923 para o dobro.Com a sede estabelecida na Rua Augusta, em Lisboa, cedo procurou expandir-se e reforçar a sua atividade constituindo filiais no Porto, Coimbra, Santarém, Viana do Castelo, Ponta Delgada, Faro e Caldas da Rainha. Embora não se possa falar ainda de um banco especializado, era uma entidade essencialmente vocacionada para o setor industrial e comercial, fomentando a indústria, criando novas empresas e auxiliando as existentes. Neste âmbito, o banco detinha a maioria do capital da Fábrica “Alfange”, de Santarém, depois transformada em Empresa Industrial do Alfange, financiava a Companhia da Fábrica Cerâmica Lusitânia, a empresa de pesca Estrela de Portugal, a Companhia Industrial de Resinas e Produtos Químicos, a Empresa Vinícola do Alto Minho, Lda., a Empresa Mecânica de Palitos, Lda., em Coimbra, entre outras de menor expressividade. No relatório de 1923 foram dados a conhecer algumas dificuldades no andamento da sua atividade, reafirmadas no ano seguinte, com a continuidade de prejuízos avultados. A somar à crise interna que começava a fazer-se sentir na indústria e comércio da época, a gestão pouco rigorosa do banco no decurso da sua existência ditou que, em 10 de fevereiro de 1925, o Banco Industrial Português suspendesse pagamentos. Da auditoria e fiscalização realizadas às contas da instituição e publicadas no Diário de Governo nº 266, de 11 de novembro de 1925, resultam incoerências e erros detetados, falsidades nas contas apresentadas e fraudes que escamoteavam a real situação do banco, que no fim do exercício de 1924 era de comprovado estado de falência, com o capital dos acionistas completamente perdido. A falência foi requerida por um grupo de credores, tendo sido declarada por sentença de 05 de novembro de 1925. O processo de falência correu pelo cartório do escrivão Lisboa (antigamente Gomes da Silva), na 2ª Vara, 1º Ofício. Posteriormente, foi requerida uma concordata, que foi homologada por sentença de 18 de maio de 1931. Esta concordata consistia no pagamento de 30% dos créditos, em 3 anos, da seguinte forma: 1º ano, 20%; 2º ano, 30%; 3º ano, 50%. Em 18 de outubro de 1933, estando já pagos alguns credores da 1ª e da 2ª prestação, foi publicada a Portaria de 17 de outubro de 1933, que mandou liquidar o banco e nomear Comissário do Governo, Eurico José de Loureiro e Amaral, com o fundamento do banco não ter cumprido a concordata homologada pelo Tribunal do Comércio de Lisboa.O processo de liquidação arrasta-se até 11 de junho de 1938, sendo o remanescente da liquidação entregue, em 17 de maio de 1949, à Associação Protetora de Diabéticos Pobres.
Sistema de organização
Alfabético e cronológico
Existência e localização de cópias
Nenhuma
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