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Banco da Covilhã

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Banco da Covilhã

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subfundo   Subfundo

Código de referência

PT/BP/IGCS-BC

Código de referência Nyron

IGCS/BC

Título

Banco da Covilhã

Datas de produção

1914-12-31  a  1937-09-25 

Dimensão e suporte

1 Caixa ; Papel

História administrativa/biográfica/familiar

O Banco da Covilhã foi fundado por escritura pública celebrada em 08 de abril de 1874 e publicada em Diário do Governo de 13 de abril desse ano.Constituído como sociedade anónima de responsabilidade limitada, o capital inicial do Banco da Covilhã era de 1.5000.000$000 réis que se previa elevar a 3.000.000$000 réis, dividido por ações nominativas e ao portador, de 100$000 réis cada. Com a sede social na Covilhã, foi a primeira instituição financeira aqui sediada e que tinha a particularidade de se instituir com o objetivo de auxiliar, através de capitais, a indústria de lanifícios da região. Porém, após o primeiro rateio de ações, a instituição inicia atividades somente com 750.000$000 réis realizados. A criação da instituição coincide com um período áureo e expansionista da atividade bancária nacional, principalmente na zona norte do País. Esta situação deveu-se em grande medida à acumulação de capitais oriundos das remessas de imigrantes que afluíam ao País e ao tecido empresarial aí existente. Na estrutura acionista do Banco da Covilhã existiam inúmeros particulares da região da Covilhã e do norte do País, o Banco Comercial, o Banco Mercantil, ambos de Braga, bem como a Caixa de Crédito Penafidelense, de Penafiel. A evolução do Banco da Covilhã pode ser medida em três períodos distintos: - Entre 1874 e 1880, a evolução do banco é caracterizada por um momento de enraizamento e penetração junto do tecido empresarial da região, onde regista um razoável desenvolvimento tendo, em 01 de março de 1875, criado uma filial na cidade do Porto e correspondências em Lisboa, Elvas, Leiria e Abrantes. Contudo, a filial do Porto vem a ser extinta em 1880, tendo sido transformada em agência. A primeira reforma dos estatutos dá-se neste período: aprovados na Assembleia Geral de 26 de janeiro de 1879 (publicados em Diário do Governo de 03 de abril de 1879), têm a finalidade de poderem vir a reduzir as despesas com o pessoal e, sobretudo, de autorizar a Direção do banco a suprimir, caso necessário, as caixas filiais e sucursais que viessem a existir.- Entre 1880 e 1890, devido aos diversos problemas financeiros advindos da gestão duvidosa de alguns gerentes, mas também como consequência da crise comercial e monetária dos finais dos anos 70 do século XIX, o banco reestruturou-se de modo a consolidar-se. A crise verificada teve implicações diretas na falência de empresas da região, refletindo-se este facto, nas contas do banco. Para limitar os prejuízos, suprimiram-se algumas agências (Vila Flor, Faro, Santo Tirso e Vila Nova de Cerveira) que davam prejuízo. Em 1882, mais de uma dezena de agências foram suprimidas. A partir de 1885, estabilizadas as contas e controlados os prejuízos, o Banco já apresentava um estado de prosperidade refletida na distribuição de dividendos. - Entre 1890 e 1933, caracteriza-se pelo acentuar da crise no País que se irá repercutir nas contas da instituição e no consequente encerramento do banco. Os últimos anos do século XIX foram complicados mas a consolidação efetuada anteriormente permitiu ao banco resistir por mais algum tempo. Em 1911 realizou-se uma sindicância às contas e após um breve interregno, o Banco da Covilhã torna a distribuir dividendos. A partir de 1913, a casa bancária Borges & Irmão, do Porto, irá entrar na estrutura acionista do banco e reforçar a sua posição até 1922. Com uma evolução favorável, a Direção da instituição aprova a redução do capital social. O valor nominal por ação passou de 100 para 50 escudos e, como consequência, o capital social passou de 750 contos para 375 contos. Em 19 de novembro de 1913 e em 08 de maio de 1914, efetuaram-se reformas nos estatutos, tendo-se realizado nesta última, uma redução do capital para 226.300 contos. A partir de 1913 o Banco retorna aos lucros e assim se mantém até 1919, quando começam a instalar-se na região várias agências bancárias que irão entrar em concorrência direta com o Banco da Covilhã, já bastante enfraquecido e debilitado de capitais. Tentou-se várias vezes que fosse aprovado um aumento de capital como forma de recapitalizar o banco ou, em alternativa, a sua liquidação, devido à sua inviabilidade. A partir de 1920 começam a decrescer os lucros, acentuando-se esta tendência a partir de 1929, com a crise mundial e a falta de liquidez nas praças financeiras nacionais.Por deliberação da Assembleia Geral de 06 de junho de 1933, o Banco da Covilhã entra em liquidação. Por aviso publicado em Diário do Governo de 08 de julho de 1933, torna-se pública a deliberação da Assembleia Geral e inicia-se o período de liquidação que se estende a 1937. Foram nomeados para a Comissão Liquidatária Francisco da Silva Ranito e António Burguete, este último em representação da casa bancária Borges & Irmão.

Sistema de organização

Cronológico

Existência e localização de cópias

Nenhuma