Sociedade Agrícola da Estremadura
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/BP/SAE
Título
Sociedade Agrícola da Estremadura
Datas de produção
1922-08-05
a
1928-12-31
Dimensão e suporte
21 Livros e 4 Caixas ; 79,5 Centímetros ; Papel
Entidade detentora
Banco de Portugal
História administrativa/biográfica/familiar
A Sociedade Agrícola da Estremadura foi constituída a 05 de Agosto de 1922, por escritura lavrada no cartório notarial de António Gonçalves Videira, como sociedade anónima de responsabilidade limitada, com o capital social de 800 contos, repartido por 8.000 ações de valor nominal de 100$00, cada. A sede estava localizada no Largo do Camões, no número 11, 3º andar, em Lisboa.Com o capital social totalmente subscrito, fizeram inicialmente parte da sociedade Tiago César de Moreira Sales, Paulo da Costa Menano (acionista da Sociedade Industrial Aliança), Afonso Santos Monteiro, Júlio do Rosário Costa, Joaquim António de Melo e Castro Ribeiro (acionista da Sociedade Industrial Aliança e Ministro da Agricultura), João de Sena Cabral, Abílio Henrique Lopes, Jerónimo do Couto Rosado (sócio maioritário e também acionista da Sociedade Industrial Aliança), o Sindicato Agrícola de Ourique e a Federação dos Sindicatos Agrícolas do Centro de Portugal.A principal atividade da Sociedade Agrícola da Estremadura centrava-se no arroteamento de terras incultas na zona de Grândola, onde adquiriu terrenos e estabeleceu escritório e armazéns. Fazia também parte da sua missão a exploração dos terrenos agrícolas, a comercialização dos produtos da terra e a criação de gado. Em 12 de Abril de 1924, nas notas do notário Mário Rodrigues, o capital social da sociedade foi elevado para 2.400 contos, com a emissão de mais 16.000 ações. Neste reforço de capital, João de Sena Cabral reforçou a sua posição acionista e entrou para a estrutura societária, Manuel da Cruz Belo. A sociedade chegou a ter participação social na União Central de Abastecimentos e na Sociedade Industrial Aliança, confundindo-se, por vezes, os interesses desta última com os da Sociedade Agrícola da Estremadura e os seus sócios. Com o envolvimento da sociedade no denominado "Processo Angola e Metrópole", uma vez que a firma Alves Reis, Lda., em Julho de 1925, tinha concedido um empréstimo com caução à sociedade no valor de 500 contos, por letras aceites contra ações da sociedade, disponibilizadas pelo sócio Couto Rosado, em 31 de Dezembro de 1926, a Sociedade Agrícola da Estremadura foi sanando as suas contas devedoras entrando em liquidação, tendo o processo liquidatário perdurado até 1928, com a venda das últimas alfaias agrícolas.
História custodial e arquivística
Documentação proveniente do denominado "Processo Angola e Metrópole", que envolveu o Banco de Angola e Metrópole, o burlão Artur Virgílio Alves Reis e os seus cúmplices. Por força dos processos cível e crime movidos contra os vários intervenientes, e a consequente liquidação do Banco de Angola e Metrópole, a documentação do banco e das diversas empresas detidas e geridas por Alves Reis foi arrolada como matéria de prova. Pela extinção da Comissão Liquidatária, e a promulgação do Decreto nº 20201, de 12 de Agosto de 1931, todas as operações e demais situações pendentes de liquidação foram transferidas para o Banco de Portugal, passando a documentação do Banco de Angola e Metrópole, das empresas satélites deste e a documentação produzida pela Comissão Liquidatária a integrar o espólio documental do Banco de Portugal.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Incorporação
Sistema de organização
Cronológico e numérico
Idioma e escrita
Português
Existência e localização de cópias
Nenhuma