Manuel Dias Sancho
Nível de descrição
Subfundo
Código de referência
PT/BP/IGCS-MDS
Título
Manuel Dias Sancho
Datas de produção
1925-03-19
a
1943-09-14
Dimensão e suporte
1 Caixa ; Papel
História administrativa/biográfica/familiar
Manuel Dias Sancho iniciou a sua atividade como tesoureiro da Fazenda Pública e, em simultâneo, dedicava-se ao comércio de tabacos, sendo depositário da Companhia de Tabacos, em S. Brás de Alportel, de onde era natural. Tornou-se posteriormente, importador e exportador de frutos secos da região do Algarve. Em 1920, detinha já a correspondência local da casa bancária Borges & Irmão. A partir de abril de 1921, a imprensa farense relata as obras que se estavam a processar num edifício para instalação de uma casa bancária, em Faro. Com efeito, em junho de 1921, Manuel Dias Sancho abre as portas da sua casa bancária, em Faro, na Rua D. Francisco Gomes.Nos primeiros anos de existência, o florescimento da atividade foi notório, tendo a casa bancária prestado um precioso auxílio à indústria e comércio algarvios. O desenvolvimento do negócio alargou as atividades de Manuel Dias Sancho a S. Brás de Alportel, onde em 01 de fevereiro de 1923 abriu uma filial. Em complemento da atividade bancária, Manuel Dias Sancho reuniu na sua casa bancária as correspondências locais das grandes instituições financeiras nacionais da década de 20. A rede de filiais foi crescendo, tendo criado correspondências em Lagos, Alcoutim, Alte e Tavira. Em 1930, abriu uma filial em Loulé e chegou ainda a criar correspondências em Paderne, Lagoa e S. Marcos da Serra. Contudo a conjuntura favorável da instituição foi desacelerada com as consequências económicas e financeiras provocadas pela Grande Depressão de 1929. As dificuldades de colocação dos produtos regionais no exterior causaram a paralisação do comércio da região e os rumores da fiabilidade do sistema bancário nacional originaram uma corrida da população aos bancos. Com a crise económica e financeira instalada, a casa de Manuel Dias Sancho começa a perder representações. O clima de desconfiança e o pânico instalaram-se com a queda de alguns bancos e de algumas casas bancárias da capital e do Porto. Em 04 de março de 1931, a casa bancária Manuel Dias Sancho suspendeu pagamentos e por Portaria de 10 de março (Diário do Governo, II série, de 12 de março de 1931) foi nomeado Comissário do Governo, Bernardo Jacinto Júnior. Tendo este pedido escusa, a Portaria de 21 de março, publicada no Diário do Governo de 28 de março de 1931, nomeou em sua substituição, José Joaquim Serra Pereira. Por reunião realizada em 11 de maio desse ano, foi decidida a reconstituição da casa bancária através da sua transformação num banco regional.Por Decreto de 02 de dezembro de 1931 (Diário do Governo, II série, de 03 de dezembro), foi autorizada a reconstituição da casa bancária sob a denominação de Banco do Algarve, e juridicamente constituída como sociedade anónima de responsabilidade limitada, com o capital de 6.923.000$00. Segundo o acordo de credores, o banco passaria a ser uma sociedade anónima de responsabilidade limitada com a alteração da razão social para Banco do Algarve. O capital social era de 5.000.000$00, constituído por 50.000 ações com o valor nominal de 100$00 cada. Assim, por escritura de 18 de março de 1932, nascia o Banco do Algarve.
Sistema de organização
Cronológico
Existência e localização de cópias
Nenhuma
Unidades de descrição relacionadas
Para informações posteriores, consultar BP/SB/BALG - Banco do Algarve.