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Banco Regional de Aveiro

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Banco Regional de Aveiro

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subfundo   Subfundo

Código de referência

PT/BP/IGCS-BRA

Título

Banco Regional de Aveiro

Datas de produção

1925-03-19  a  1967-07-22 

Dimensão e suporte

1 Caixa ; Papel

História administrativa/biográfica/familiar

Em 23 de julho de 1919, alguns notáveis de Aveiro propuseram o trespasse da Caixa Económica de Aveiro, com o fim do organismo ser incorporado num banco regional a fundar na cidade. Em janeiro de 1920, os organizadores da nova instituição, um grupo de importantes capitalistas da região, encabeçados por António Henriques Máximo Júnior, obtinham o capital necessário para a fundação de uma instituição de crédito com caráter regional. Lavrada a escritura em 07 de janeiro de 1920, o Banco Regional de Aveiro, Limitada foi constituído como sociedade por quotas, com o capital social de 500 contos. O objeto social da nova instituição era a promoção do progresso económico e financeiro da região. No dia seguinte, o banco tomou de trespasse a casa Salgueiro & Filhos, Limitada, que realizava operações bancárias. Ficou instalado no edifício onde esta firma tinha os seus escritórios, e que viria a ser adquirido a título definitivo em 1923. Em maio de 1920 a Caixa Económica de Aveiro foi a adquirida pelo banco, pela quantia de 201.100$00. No entanto, a Caixa Económica continuou a possuir contabilidade e escrituração próprias dentro do Banco Regional de Aveiro, funcionando como uma secção. Com a junção das duas entidades tornava-se necessário a alteração do pacto social, o que só aconteceu em 19 de março de 1921.Aproveitando a mudança necessária do pacto social, a sociedade por quotas é alterada para dar origem a um novo organismo sob a mesma designação, mas constituído como sociedade anónima de responsabilidade limitada com o capital social elevado para 4.000 contos, dos quais 1.000 contos já estavam subscritos pelos fundadores. O caráter regional que revestia o Banco Regional de Aveiro foi uma mais-valia para o comércio e indústrias locais, que contavam com o auxílio da nova entidade para o desenvolvimento das suas atividades. Para os cargos sociais, foram nomeados pessoas de idoneidade e recursos reconhecidos da praça, que integravam a elite económica e política da cidade. Como forma de diversificar a aplicação de capitais, o Banco Regional de Aveiro deu um importante contributo a obras de fomento regionais e chegou a participar no capital social de algumas industriais da região. Sob um clima conturbado politica e economicamente, onde a credibilidade das instituições de crédito era vista com alguma desconfiança, o Banco Regional de Aveiro, procurou, desde cedo, a sua expansão, como forma de angariar novos capitais e diversificar as operações realizadas. Nesse ano de 1921, adquire o teatro de Ílhavo e um prédio em Águeda, para aí estabelecer agências. Com a absorção da antiga casa Salgueiro & Filhos, Limitada, assume a representação da Companhia Geral do Crédito Predial Português, ao mesmo tempo que começa a estabelecer agentes e correspondentes pelo País.Após a euforia inicial, o Banco vai defrontar-se com dificuldades. Os maus resultados das empresas participadas abatem-se sobre as contas do banco e a estratégia do fomento regional é abandonada. Em 20 de junho de 1923, é fundada por Alberto Souto, um dos sócios do banco, e outros membros do Sindicato Agrícola de Aveiro, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aveiro, uma instituição acabou por se tornar um concorrente ao recém-criado Banco Regional de Aveiro. Ainda em 1923, a falência da Companhia Aveirense de Navegação e Pesca, causou sérios embaraços ao banco. Face ao período crítico que a instituição atravessava, e na qual a conjuntura do País não ajudava, em 1923-1924 ainda se equacionou o trespasse do banco à casa Pinto & Sotto Mayor. Em 1925 a situação era muito difícil. A solução passava pela desmobilização dos capitais empregues nas numerosas empresas em que o banco estava envolto, como meio de subsistência. Em 1927, a direção do banco decide qua a Caixa Económica de Aveiro ficaria com 20% dos lucros do Banco Regional de Aveiro destinados à constituição de um fundo de reserva próprio e em 1930, foi decidida a integração faseada mas definitiva da caixa económica no banco, liquidação que terá o seu término em 1941. Regularizadas as contas e reatadas as relações comerciais, os resultados não se fizeram esperar e os lucros, lentos mas progressivos, começaram a aparecer. A situação só foi completamente consolidada em 1938 e, em 1950 o capital social da instituição foi elevado para os 10.000 contos, por escritura realizada a 13 de fevereiro desse ano. Em 05 de abril de 1967, perante o resultado menos satisfatório do ano anterior e tendo em conta a concorrência de outros bancos em Aveiro, o Banco aceitou a proposta de integração no Banco Fonsecas & Burnay que se encontrava em franca expansão da sua rede de agências

Sistema de organização

Cronológico

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Unidades de descrição relacionadas

Para informações anteriores, consultar IGCS/CEAVEI - Caixa Económica de Aveiro. Para informações posteriores a 1967 consultar BP/SB/BFB - Banco Fonsecas & Burnay.