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Banco Lisboa & Açores

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Banco Lisboa & Açores

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subfundo   Subfundo

Código de referência

PT/BP/IGCS-BLA

Título

Banco Lisboa & Açores

Datas de produção

1921-09-15  a  1969-11-14 

Dimensão e suporte

1 Caixa ; Papel

História administrativa/biográfica/familiar

O Banco Lisboa & Açores foi uma das instituições criadas sob o clima favorável vivido em 1875, de onde nasceram várias instituições financeiras. Fundado em 22 de março de 1875, a escritura de constituição de sociedade somente foi lavrada em 09 de abril desse ano, no cartório de Jorge Camelier. Segundo o seu pacto social, a sede era estabelecida em Lisboa e a instituição era constituída como sociedade anónima de responsabilidade limitada. Com o capital social autorizado de 5.000 contos de réis, este estava distribuído em ações de 100.000 réis, cada. Para a total realização do mesmo iriam ser feitas três subscrições de ações, a primeira das quais, de 2.000 contos de réis. Os fundadores do banco foram António Gomes Brandão (Visconde de Carregoso), Estêvão José Brochado, António Joaquim de Oliveira, Lima Mayer & Filhos, Moura Borges & Companhia, Bensaúde & Companhia, Ernesto George, Manuel José Dias Monteiro & Filhos, A. J. Gomes Neto, Joaquim Pinto Leite, o visconde dos Olivais e Joaquim Bessa de Carvalho. No último quartel do século XIX, e logo após a sua fundação, o banco sofreu os embates da crise de 1876, que afetaram gravemente a economia e as instituições financeiras da época. Afastados os períodos críticos, em 24 de maio de 1878 o capital social é fortalecido com nova emissão de ações. Após um pequeno período de recuperação e consolidação das contas, a crise de 1890-1892 abalou novamente a frágil economia do País e contribuiu para a falência de inúmeras instituições congéneres. O banco foi sobrevivendo aos momentos conturbados através de uma gestão cuidada e conservadora, tendo sido um precioso apoio aos sectores comercial e industrial. Fruto da influente estrutura acionista, o banco também chegou a conceder créditos ao Estado e a contribuir no auxílio ao fomento e desenvolvimento do País, conjuntamente com as casas bancárias Fonsecas, Santos & Viana e Henry Burnay & Companhia. Apesar do clima pouco favorável, em 1904, foi criada uma filial no Porto, na Rua de D. Pedro, como forma de captação de novos capitais e desenvolvimento do negócio. Em 1905 inicia-se a construção das novas instalações-sede do banco, na Rua do Ouro, sob o traço do arquiteto Miguel Ventura Terra, dotando o banco das estruturas e equipamentos necessários ao cabal desempenho das suas funções. Em 21 de fevereiro de 1907, o capital social é firmado nos 5.000 contos de réis e o pacto social alterado, ficando o capital inicial integralmente realizado.Em 26 de novembro de 1921, o capital social foi aumentado para 7.200 contos e, em 31 de dezembro de 1925, elevado a 10.000 contos.Os inícios dos anos 30, com as consequências da Grande Depressão de 1929, foram anos difíceis. Generalizou-se o descrédito nas instituições bancárias, com o consequente levantamento dos depósitos. Muitas delas não resistiram e fecharam. O Banco Lisboa & Açores sofreu também do impacto da crise. No entanto, o facto do capital dos depósitos não estar investido em imobilizações não gerou consequências no normal funcionamento da instituição e, em 1934, a situação do banco encontrava-se já desafogada. Surgia agora a necessidade de expansão da instituição e a captação de novos capitais. Por Portaria de 25 de maio de 1940, o Banco Lisboa & Açores integrou a casa bancária M. A. Martins Pereira, das Caldas da Rainha, onde abriu uma agência. Com esta assimilação, abre mais duas agências na região: uma no Bombarral, outra em Reguengo Grande. Fazendo face ao desenvolvimento da instituição e à necessidade de reforçar o capital, em 26 de dezembro de 1945 o capital social é elevado a 30.000 contos e, em 15 de junho de 1950, os estatutos são novamente alterados. Em 29 de janeiro de 1952, o capital social foi elevado para 80.000 contos, reflexo dos bons resultados que o banco obtinha. Na década de 60, o progresso da economia portuguesa refletiu-se no crescimento generalizado do setor financeiro. Com o aumento do número de agências, logo no ano de 1964, o capital social foi elevado para 200.000 contos. Desejando expandir-se às zonas insulares, onde desde sempre deteve interesses, em 26 de janeiro de 1966, o Banco Lisboa & Açores incorporou o ativo e passivo do Banco da Madeira, instalando no Funchal uma importante filial. O ano de 1966 foi também um marco importante no banco: foi o ano da modernização tecnológica, com a introdução da informática nas operações correntes do banco, melhorando, consequentemente, a rentabilidade e os recursos disponíveis da instituição. No exercício de 1968-1969, além da sede, em Lisboa, e de filiais no Funchal, Ponta Delgada e no Porto, o banco possuía 14 dependências e 29 agências espalhadas pelo País. Entretanto, na sequência da tendência crescente de concentração de capitais e de fusão de instituições, constituindo organismos mais sólidos e credíveis, também o Banco Lisboa & Açores negociou a sua integração com o recém-criado Banco Totta-Aliança. A Portaria de 14 de novembro de 1969 autorizou a fusão dos dois bancos, ficando a nova instituição com a denominação de Banco Totta & Açores, entidade que iniciou funções a 01 de janeiro de 1970.

Sistema de organização

Cronológico

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Unidades de descrição relacionadas

Para informações anteriores a 1966 ver também IGCS/BMAD - Banco da Madeira. Para informações posteriores a 1969 ver BP/SB/BTA - Banco Totta & Açores.