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Banco Fonsecas, Santos & Viana

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Banco Fonsecas, Santos & Viana

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subfundo   Subfundo

Código de referência

PT/BP/IGCS-BFSV

Título

Banco Fonsecas, Santos & Viana

Datas de produção

1921-09-16  a  1964-01-02 

Dimensão e suporte

1 Caixa ; Papel

História administrativa/biográfica/familiar

A casa bancária Fonsecas, Santos & Viana foi constituída em 27 de maio de 1861 pelos negociantes António Pinto da Fonseca, Joaquim Pinto da Fonseca, Carlos Ferreira dos Santos Silva e Francisco Isidoro Viana. Era desejo dos seus fundadores apoiar as sociedades que se dedicavam ao comércio de matérias-primas entre Portugal, África e o Brasil. Com a sede social estabelecida em Lisboa, a firma tinha por objeto as transações comerciais compreendidas nas classes de banco, fundos, comissões e conta própria. Fundada com o capital social de 200 contos de réis, este encontrava-se dividido pelos quatro sócios, que tinham participação igualitária. Em 1890, com a estrutura social da sociedade já alterada, face ao falecimento de uns e à aposentação de outros, o negócio manteve-se nas famílias. O capital social foi então elevado para os 300 contos.Com elevada experiência na negociação de saques e letras de crédito sobre as praças de Portugal, Espanha, França, Itália, Inglaterra e Brasil e na compra e venda de fundos públicos nacionais e estrangeiros, desde cedo a instituição foi escolhida pelo Estado para intermediar grandes operações financeiras. A aplicação do capital da instituição era reinvestido em títulos de outras instituições mas também nos capitais sociais de indústrias reputadas como foi o caso da Companhia dos Tabacos de Portugal, da qual era sócia maioritária. Sobrevivendo às numerosas crises políticas, económicas e financeiras que assolaram os finais do século XIX e os primeiros anos do século XX, em 1920 a instituição gozava de crédito prestigiado junto da população e era uma das principais instituições financeiras do País. Nesse mesmo ano, a 2ª geração das famílias fundadoras cede a totalidade das suas quotas aos jovens irmãos Sousa: Álvaro Pedro de Sousa e Mário Luís de Sousa, detendo cada um, 150 contos. Nos anos imediatos, pese a crise cambial que assolou o País e a escassez de numerário que se fazia sentir no mercado interno, os novos banqueiros vão multiplicar os negócios da casa bancária no desenvolvimento da banca de retalho. Com o desenvolvimento do negócio e a ampliação das instalações da Rua do Comércio, em 1923, o pacto social é novamente alterado. O capital foi aumentado para 500 contos e entraram na sociedade de dois novos sócios: Adolfo Calleya e Emídio Mendes. Em 1925, no quadro de uma reforma do setor bancário (Decreto-Lei nº 10634, de 20 de março de 1925), o capital social é aumentado para 700 contos. O prestígio financeiro e internacional da instituição explica o convite que o governo português dirige à instituição, em 1928, para servir de intermediário numa grande operação externa destinada ao saneamento financeiro do País. A forma exemplar como foram conduzidas as operações com o National City Bank e o Baring Brothers, aumentou o prestígio da casa bancária e dos seus gestores.Pese as consequências económicas e financeiras advindas com a Grande Depressão, o desenvolvimento do negócio mantinha-se e, para fortalecer a instituição face à conjuntura externa, em 1931 a casa bancária Fonsecas, Santos & Viana regista novo aumento de capital para 22.500 contos, valor muito acima do capital dos principais bancos privados portugueses da época. Somente em janeiro de 1937, a casa bancária, que ainda girava juridicamente em nome coletivo, é transformada em sociedade anónima de responsabilidade limitada, adotando a designação de Banco Fonsecas, Santos & Viana, com a mesma estrutura social e o mesmo capital. Em 1940 o capital social é reforçado para 33.750 contos, no ano seguinte passa para 44.500 contos, e em 1943 aumenta para 45.000 contos. A par do incremento das operações tradicionais da banca de retalho, o Banco Fonsecas, Santos & Viana mantém a sua posição privilegiada; contudo, não apostou na expansão da rede de balcões.A partir dos anos 50 registou uma ligeira estagnação do movimento e nas transações, o que não invalidou que a instituição fortalecesse o seu capital social. Em 1960 foi aumentado para 550.000 contos e, em 1965, para 700.000 contos. O Banco Fonsecas, Santos & Viana era assim o maior banco com fundos próprios.Em 1965 foi aberta a filial do Porto. Face à concorrência, à necessidade de desenvolver as operações, a expansão geográfica tardia revelou-se insuficiente para travar as dificuldades que se sentiam. Em 1966, a importante rede de agências do Banco Burnay despertou interesse ao Banco Fonsecas, Santos & Viana que, por um processo de fusão, via o seu atraso de expansão territorial compensado, ao mesmo tempo que fortalecia o seu capital e os lucros. Como forma de assegurar a sua manutenção e prestígio, por Portaria de 07 de março de 1967, um ano após a morte do último dos irmãos Sousa, o Banco Fonsecas, Santos & Viana foi autorizada a fundir-se com o Banco Burnay, para dar origem a uma nova instituição reforçada de fundos e com novas orientações de gestão: o Banco Fonsecas & Burnay.

Sistema de organização

Cronológico

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Unidades de descrição relacionadas

Para informações posteriores ver BP/SB/BFB - Banco Fonsecas & Burnay.