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Alves Reis, Lda.

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Alves Reis, Lda.

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/BP/AREIS

Título

Alves Reis, Lda.

Datas de produção

1906-10-27  a  1926-03-08 

Dimensão e suporte

56 Livros e 16 Caixas ; 249,5 Centímetros ; Papel

Entidade detentora

Banco de Portugal

História administrativa/biográfica/familiar

A firma Alves Reis, Lda. surge por motivo da cessão de quota que Artur Virgílio Alves Reis detinha na empresa Reis & Carneiro, Lda. A Reis & Carneiro, Lda. era uma sociedade por quotas, criada por escritura de 06 de Agosto de 1919 e sediada em Lisboa, no 1º andar do nº 47 da Rua João Crisóstomo. Esta sociedade tinha por capital 10 contos e contava na sua estrutura societária primitiva com Alves Reis e Manuel Monterroso Carneiro. Em 24 de Fevereiro de 1920, o pacto social da Reis & Carneiro, Lda. foi alterado, tendo o capital social sido aumentado para 30 contos, dividido em três partes iguais, tendo sido admitido na sociedade Luís Albuquerque de Sousa Lara. Também nesta data a sede da firma foi transferida para a Praça do Município, em Lisboa. Por escritura de 28 de Outubro de 1921, o capital social da firma foi elevado a 180 contos, dividido em três quotas iguais, de 60 contos cada. Contudo, em 24 de Fevereiro de 1922, por escritura lavrada nas notas de Emídio José da Silva, em Lisboa, celebrou-se a cessão da quota de Alves Reis, desvinculando-se este, da sociedade.Com a saída da Reis & Carneiro, Lda., a 13 de Novembro de 1923, nas notas de Avelino de Faria, de Lisboa, foi criada a sociedade por quotas Alves Reis, Lda. Com um capital social de 500 contos, faziam parte desta sociedade Artur Virgílio Alves Reis, detentor de uma quota de 350 contos, António da Silva Roquette, com a quota de 100 contos e Francisco Ahrens Novais, com a quota de 50 contos. A sede da firma estava instalada em Moçâmedes, possuindo delegações em Lisboa e no Porto, que tratavam dos negócios de representações, facilitações e investimentos nas praças respetivas, podendo exercer todos os outros ramos de comércio e indústria à exceção do ramo bancário. Em 27 de Fevereiro de 1924, por escritura de cessão de quotas, Alves Reis cede 25 contos da sua quota a Domingos da Cruz, que ficou assim a fazer parte da sociedade. Contudo, em Junho desse mesmo ano, Domingos da Cruz saí da sociedade. Com a cessão de quotas efetuada, Manuel Festas passou também a integrar a estrutura societária da Alves Reis, Lda. com uma quota de 50 contos. A firma chegou a ter participações no capital social de outras sociedades e interesses adquiridos, por via de financiamentos concedidos, diretamente ou através do Banco de Angola e Metrópole, em várias sociedades da metrópole e de Angola, destacando-se a Empresa Mineira do Sul de Angola (EMSA), a Empresa Agrícola e Industrial de Moçâmedes (EAIM), a Rexaldia, Lda., a Companhia dos Caminhos de Ferro Através de África (CCFAA), a Sociedade Comercial e Agrícola de Calumbo (SCAC), a Sociedade Agrícola da Estremadura (SAE), a Sociedade de Pesca Santo António, Lda. (SPSA), entre outras.A sociedade, a par do seu sócio principal, o burlão Artur Virgílio Alves Reis, eram acionistas do Banco de Angola e Metrópole. A firma era detentora de 10.000 ações do Banco de Angola e Metrópole e via neste, um meio de facilitação e financiamento para as atividades ilegais do seu sócio principal. Com a prisão de Alves Reis, em Dezembro de 1925, a sociedade acabou envolvida no escândalo "Angola e Metrópole", que constou na impressão e colocação em circulação de notas de 500 escudos, efígie "Vasco da Gama". A Alves Reis, Lda. foi extinta no decurso do processo liquidatário do Banco de Angola e Metrópole.

História custodial e arquivística

Documentação proveniente do denominado "Processo Angola e Metrópole", que envolveu o Banco de Angola e Metrópole, o burlão Artur Virgílio Alves Reis e os seus cúmplices. Por força dos processos cível e crime movidos contra os vários intervenientes, e a consequente liquidação do Banco de Angola e Metrópole, a documentação do banco e das diversas empresas detidas e geridas por Alves Reis foi arrolada como matéria de prova. Pela extinção da Comissão Liquidatária, e a promulgação do Decreto nº 20201, de 12 de Agosto de 1931, todas as operações e demais situações pendentes de liquidação foram transferidas para o Banco de Portugal, passando a documentação do Banco de Angola e Metrópole, das empresas satélites deste e a documentação produzida pela Comissão Liquidatária a integrar o espólio documental do Banco de Portugal.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Incorporação

Sistema de organização

Temático, cronológico, alfabético e numérico

Idioma e escrita

Português, inglês, francês, alemão e espanhol

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Unidades de descrição relacionadas

PT/BP/AAR - António Ahrens Novais; PT/BP/AVAREIS - Artur Virgílio Alves Reis; PT/BP/BAM - Banco de Angola e Metrópole; PT/BP/BREIS - Batalha Reis, Limitada; PT/BP/CCFAA - Companhia dos Caminhos de Ferro Através de África; PT/BP/CL-BAM - Liquidação do Banco de Angola e Metrópole; PT/BP/CROD - C. Rodrigues; PT/BP/CSCOUT - Castilho, Sequeira & Coutinho, Lda.; PT/BP/EAIM - Empresa Agrícola e Industrial de Moçâmedes; PT/BP/EMSA - Empresa Mineira do Sul de Angola; PT/BP/FFJ - Francisco Augusto Ferreira Júnior; PT/BP/JSB - José dos Santos Bandeira; PT/BP/LC - Leitão & Castilho, Lda.; PT/BP/MF - Manuel Festas; BP/BP/MLEI - Mário Leitão & Companhia; PT/BP/PPM - Pedro Paulo de Mello; PT/BP/REXAL - Rexaldia, Limitada; PT/BP/SAE - Sociedade Agrícola da Estremadura; PT/BP/SFU - Sociedade de Fomento Urbano, Limitada; PT/BP/SMPA - Sociedade Mercantil de Portugal e Angola; PT/BP/SPSA - Sociedade de Pesca Santo António, Limitada;

Notas

Contém documentação proveniente da extinta firma Reis & Carneiro, Lda.